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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Brasil demandará 6,8 mil km de dutos submarinos para atender o pré-sal



Com pelo menos 40 unidades em operação e uma produção diária que vai ultrapassar os 2,8 milhões de barris de óleo por dia em 2025, o pré-sal brasileiro promete alavancar o setor de dutos no país. Estimativas da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) indicam que 6,8 mil km de dutos submarinos serão necessários para atender a demanda. Os números foram apresentados nesta terça-feira, dia 22, no painel de abertura da Rio Pipeline 2015, promovida pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), no Rio de Janeiro. 

A Rio Pipeline, um dos principais eventos do segmento dutoviário no mundo, foi aberta oficialmente na manhã desta terça-feira. O evento, que está sendo realizado no Centro de Convenções Sulamérica, no Centro do Rio, chega a sua 10ª edição e escolheu como tema central este ano, o importante papel dos dutos submarinos no desenvolvimento do pré-sal. 

A cerimônia de abertura teve a presença de representantes e executivos de instituições e empresas do setor. O diretor do IBP, Flávio Rodrigues, destacou o potencial de crescimento da área de dutos no país, com o advento do pré-sal.


- É uma das principais descobertas no mundo, que vai demandar investimentos e, por isso, traz uma grande oportunidade de desenvolvimento para o país e o segmento de dutos - afirmou.
Já o presidente da Transpetro, Antônio Rubens Silva Silvino, ressaltou a importância do evento no atual cenário da indústria de petróleo.

- A Rio Pipeline traz uma oportunidade única para se falar sobre dutos em todas as suas áreas. Este é um setor estratégico e que pode ajudar neste momento de transição - disse.

Silvino falou ainda que a Transpetro pretende investir R$ 1,7 bilhões nos próximos cinco anos no Brasil e que parte deste montante será alocado na melhoria da malha dutoviária nacional.
Depois da cerimônia de abertura, o primeiro painel tratou da posição do Brasil no cenário global de petróleo e gás. Moderado pelo diretor executivo da Barra Energia, Renato Bertani, o painel teve apresentações da chefe do setor de riscos de óleo e gás da Wood Mackenzie, RoseAnne Franco, e do presidente da PPSA, Oswaldo Pedrosa. 

De acordo com RoseAnne, o Brasil vai melhorar sua posição no índice de risco mundial nos próximos cinco anos. Considerando uma série de fatores que vão desde segurança jurídica até questões ambientais e sociais, o país aparece atualmente com um índice de risco de 9,75 pontos, considerado alto pela especialista. Mas a expectativa, segundo ela, é que este número caia para 8 pontos em 2020.

- Isso significa que a tendência é que o Brasil se torne um país mais competitivo - afirmou.
Oswaldo Pedrosa, da PPSA, apresentou estimativas sobre o crescimento da oferta de petróleo no país, por conta da produção do pré-sal, e o impacto no setor dutoviário. Segundo ele, o país vai demandar alto investimento em tecnologia e ampliação da atual malha submarina, que deve chegar a mais de 6 mil km de extensão.

- Há muito espaço para que o setor de dutos trabalhe no pré-sal. Esse é um mercado estratégico para o país - afirmou. 

A exposição da Rio Pipeline 2015 também começou nesta terça-feira, com 70 empresas participantes. Entre as principais companhias presentes estão a Petrobras, Tenaris, T.D. Williamson, Rosen e PipeWay, entre outros.  Marcam presença ainda o Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT) e o Núcleo de Simulação Termo-Hidráulica de Dutos (Simdut), da PUC-Rio.

A T.D. Williamson vai apresentar soluções em integridade de dutos, como a possibilidade de determinar com precisão a trajetória de um duto em latitude, longitude e elevação.

Já a PipeWay, traz para a feira suas ferramentas de inspeção de dutos não-pigáveis (que não podem ser inspecionados por métodos tradicionais) onshore e offshore, um scanner que utiliza tecnologia ultrassom para inspeção de risers (tubos usados para encapsular equipamentos em operações de perfuração), além de ferramentas de rastreamento e localização.Com informações do Monitor Mercantil

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