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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Discurso do papa detona Alckmin: governar deve ser da periferia para o centro.

O Papa Francisco não cansa de surpreender, por sua visão de mundo social e cidadã.

Promoveu um seminário com prefeitos do mundo inteiro para debater propostas para erradicar as formas modernas de escravidão e soluções para as mudanças climáticas.

“O trabalho mais sério e mais profundo se faz da periferia até o centro”, afirmou o Pontífice.

“Se o trabalho não vem das periferias até o centro, não tem efeito”, arrebatou Francisco ao dizer que aí está a responsabilidade dos prefeitos e o motivo pelo qual eles participam dos debates promovidos pela Pontifícia Academia das Ciências.

O recado detona o governador Geraldo Alckmin. Não adianta nada frequentar a Igreja, a Opus Dei, e depois governar só para os ricos, mandando a polícia expulsar crianças, mulheres e trabalhadores de seus tetos no Pinheirinho para entregar o terreno "limpo" para um milionário como o Naji Nahas.

Sobrou para a Marina Silva: agenda verde não é deixar de imprimir extrato do Itaú em papel.

O Papa voltou a confirmar que a encíclica Laudato si não é apenas um documento verde, mas uma “encíclica social”, e explicou:

“Porque dentro do entorno social, da vida social dos homens, não podemos separar o cuidado com o ambiente. Mais ainda, o cuidado do ambiente é uma atitude social, que nos socializa em um sentido ou em outro – cada qual pode colocar o valor que quiser – e, por outro lado, nos faz receber. Gosto da expressão em italiano para o ambiente – creato –, daquilo que nos foi dado como um presente, ou seja, o ambiente”.

Mudanças climáticas

Francisco pôde mais uma vez falar ao mundo sobre suas expectativas para que a Comunidade internacional chegue a um consenso e produza um documento final com propostas concretas ao final da cúpula sobre o clima, marcada para novembro, em Paris.

“Tenho muita esperança, todavia as Nações Unidas precisam se interessar mais fortemente sobre este fenômeno, sobretudo o do tráfico de seres humanos provocado por este fenômeno ambiental, a exploração das pessoas”, esclareceu o Pontífice.

Crescimento desenfreado

Ao afirmar que o inchaço das grandes cidades é provocado pelas consequências de um modelo de desenvolvimento tecnocrático de exclusão, no qual as pessoas no campo migram aos centro urbanos por não terem mais acesso à terra, o Papa disse que o crescimento desmesurado das cidades está ligado à maneira como se cuida do ambiente.

“É um fenômeno mundial. As grandes cidades se fazem ainda maiores com também cada vez maiores bolsões de pobreza e miséria onde as pessoas sofrem as consequências das negligencias para com o meio ambiente”, conclui Francisco. (Da Rádio Vaticana)

1 Comentários:

Djijo disse...

"Não adianta nada frequentar a Igreja, a Opus Dei" parece que vc não conhece essa seita. O objetivo deles é os "bem nascidos" pois estes foram abençoados por Deus. Os pobres, feios, miseráveis, aleijados, etc, foram castigados por Deus e tem o castigo merecido por terem "pecado". Tem vários livros de ex-adeptos que "apitaram" (é a forma que eles dizem para quem entrou na seita) e que ao saírem conta os dramas daquilo. E eram até acadêmicos com doutorado. Isso quer dizer que não adianta ter curso "superior" e que por isso irá ficar livre de viver pelas crenças.

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