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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Se Aécio Neves se acha porta-voz da indignação, não sabe o que faz


Janio de Freitas comenta declaração de tucano de que perdeu eleição "para organização criminosa"
 O jornalista Janio de Freitas, em sua coluna desta terça-feira (2) na Folha de S. Paulo, destaca a declaração do candidato derrotado à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), que afirmou neste fim de semana que perdeu a eleição "para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está."

De acordo com o jornalista da Folha, de fato Aécio não perdeu para um partido político. "Perdeu para os eleitores, petistas, peemedebistas e nada disso, que lhe negaram  o voto e o deram a Dilma". Ainda segundo Jânio de Freitas, qualquer um deles está agora habilitado, desde que capaz de alguma prova de adesão a Dilma, "a mover uma ação criminal contra Aécio Neves por difamação, calúnia, injúria, e cobrar-lhe uma indenização por danos morais."

Jânio de Freitas prossegue afirmando que uma foto em manifestação, uma doação, um cartaz na janela ou no carro "podem se juntar às demais provas para dar uma resposta à acusação de Aécio Neves tão gratuitamente agressiva e tão agressivamente insultuosa."

O jornalista destaca que é difícil admitir que Aécio "esteja consciente do papel que está exercendo. A situação social do Brasil não é de permitir que acirramentos, incitações e disseminações de ódios levem apenas a efeitos inócuos, de mera propaganda política."

Jânio destaca ainda que, se Aécio acha que está sendo porta-voz de um sentimento de indignação, pior ainda: "fica evidente que não sabe mesmo o que está fazendo, e aonde isso o leva."...

Comentário de Laerte Braga:

As declarações de Aécio Neves sobre a vitória de Dilma e o PT ("organização criminosa) servem entre outras coisas para revelar o desequilíbrio do candidato tucano derrotado. Com certeza fez tais declarações movido a poderes de pós mágicos. É o comum nele. Dentre todos os efeitos e absurdos que contêm, as declarações mostram uma espécie de algo oculto. É que o PSDB tem hoje um comandante beirando a senilidade, FHC, um candidato derrotado imerso em corrupção e ódio golpista e ele sabe, Aécio, que na disputa em 2018 não será protagonista, mas acessório de Serra e Alckmin que vão se engolir para ver quem será o candidato. O grito de "SÃO PAULO" ao final de sua fala no dia da eleição, deixou o candidato a nu diante dos mineiros, onde foi derrotado. Aliás, li que "Cruzeiro e Atlético ganham e Aécio perde, Minas está de parabéns".

Leia a seguir a coluna do Janio de Freitas

O presente de Aécio


Janio de Freitas

Ela se apropriou da política econômica defendida por Aécio, mas Aécio não se deixa abater e já demonstra que pode fazer o mesmo: adere à redução da desigualdade social por meio da distribuição de renda, defendida por Dilma na campanha.

A reviravolta de Dilma foi mais surpreendente, mas a de Aécio é mais original no método. Veio pela TV, na amenidade noturna do fim de semana, e naquele estilo de elegância chamado curto e grosso .

Nas próprias palavras do ainda pretendente à Presidência da República: Na verdade, eu não perdi a eleição para um partido político, eu perdi a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinada por esse grupo político que aí está .

De fato, Aécio não perdeu para um partido político. Perdeu para os eleitores, petistas, peemedebistas e nada disso, que lhe negaram o voto e o deram a Dilma. Qualquer deles agora habilitado, desde que capaz de alguma prova de sua adesão a Dilma, a mover uma ação criminal contra Aécio Neves por difamação, calúnia e injúria, e cobrar-lhe uma indenização por danos morais.

Uma foto em manifestação, uma doação ou um serviço para a campanha, um cartaz ou um retrato na janela, uma propaganda no carro, em qualquer lugar do país podem se juntar às demais provas para dar uma resposta à acusação de Aécio Neves tão gratuitamente agressiva e tão agressivamente insultuosa.

É difícil admitir que Aécio Neves esteja consciente do papel que está exercendo. A situação social do Brasil não é de permitir que acirramentos, incitações e disseminação de ódios levem apenas a efeitos inócuos, de mera propaganda política. Para percebê-lo, não é preciso mais do que notar a violência dos protestos com incêndios ou a quantidade de armas apreendidas.

Se Aécio acha, como diz, que está sendo porta-voz de um sentimento de indignação , pior ainda: fica evidente que não sabe mesmo o que está fazendo, e aonde isso o leva.

1 Comentários:

Rangel Araujo disse...

homem ridículo, marginal...até quando essa peste vai ficar tulmutuando???

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