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domingo, 2 de fevereiro de 2014

O Globo sinaliza quem é seu candidato no Rio. Não é Lindbergh, é claro.

O jornalão "O Globo" já começa a dar uma mãozinha ao candidato de Sérgio Cabral, divulgando notinhas com o DNA peemedebista.

O Rio tem hoje 3 pré-candidatos fortes que a Globo considera desafetos para seus interesses comerciais e políticos. O senador Crivella (PRB) por ter relações com a TV Record, concorrente da Globo. O deputado Garotinho (PR) que também tem um passado de tapas e beijos com a emissora. E o senador Lindbergh Farias, por ser do PT, partido que a Globo faz oposição.

Outros pré-candidatos que a Globo gosta, como César Maia (DEM), não se mostram competitivos.

Sobra a pesada candidatura de Pezão, do PMDB, partido que abriga uma grande bancada da Globo no Congresso, com muitos parlamentares donos de TV e rádios afiliadas à sua rede.

Aí já começam a surgir notinhas com esta no jornalão:


Ora, quem conhece a política do Rio está cansado de saber que Dilma terá palanque duplo, triplo ou quádruplo (se Crivella realmente vier a se candidatar), não podendo atrelar sua candidatura presidencial a nenhum dos candidatos ao Palácio Guanabara com exclusividade.

Lula também é claro que não entrará de cabeça na eleição regional do Rio, tendo tantos candidatos da base governista. Lula pedirá votos para Dilma no Rio e genericamente para "todos" os candidatos da base de apoio. Deixará o embate regional no primeiro turno para que vença o melhor.

Só haverá justificativa para Lula entrar de cabeça na campanha do Rio se a eleição para governador ficar claramente polarizada entre um único candidato da base de apoio a Dilma contra um candidato da oposição.

Ou se uma turma barra pesada do PMDB que não tem relações afetivas nenhuma, como o deputado Eduardo Cunha e a família Picciani, colocarem a máquina partidária a serviço de outro candidato à presidente, como já chegaram a ameaçar.

Também é risível interpretar que Cabral e Pezão tem relações afetivas desde criancinha com Lula. Quem tem essa maior relação afetiva é Lindbergh, desde o tempo das "vacas magras", quando Lula perdia eleições, em vez de estar no Planalto.

De fato, quando foi eleito em 2006, Cabral procurou se aproximar e aderir às políticas públicas já populares e bem sucedidas do governo Lula, mantendo uma relação construtiva e de boa convivência, mas aí já havia um claro interesse próprio na captação de verbas. É legítimo, mas não é tão "afetivo" assim.

Apesar de Ilimar Franco ser o colunista político que se salva no jornalão "O Globo", a interpretação que ele faz do que disse essa fonte está furada. A notícia oculta não é Dilma, Lindbergh, Pezão, nem Lula, e nem o cada um por si. É "O Globo" já estar querendo minar a candidatura de Lindbergh, dando viés favorável à Pezão que não existe.

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