O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou ontem o pagamento de uma bolsa mensal de R$ 395 a 40 dependentes químicos, que terão de cumprir uma jornada de trabalho de 24 horas semanais e frequentar curso de capacitação profissional. A proposta é semelhante ao programa de reinserção social de drogados lançado há 42 dias pelo prefeito da capital, Fernando Haddad (PT). O projeto municipal, no entanto, tem 400 vagas e o salário pode chegar até R$ 450 por mês.
No programa estadual, os dependentes químicos poderão trabalhar ajudando na recuperação de outros drogados no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), ou na Secretaria da Justiça, como auxiliar de serviços gerais e auxiliar administrativo.
No programa estadual, os dependentes químicos poderão trabalhar ajudando na recuperação de outros drogados no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), ou na Secretaria da Justiça, como auxiliar de serviços gerais e auxiliar administrativo.
Já na Operação Braços Abertos, do governo Haddad, a jornada de trabalho é de quatro horas mais duas horas de curso profissionalizante, de segunda a sexta-feira. O salário é de R$ 15 por dia, pago uma vez por semana e, como sábados e domingos são contabilizados, o salário mensal pode chegar a R$ 450. Das 400 vagas, há 386 dependentes químicos cadastrados, todos moradoras da Cracolândia, região central. Essas pessoas foram retiradas da rua, moram em hotéis pagos pela prefeitura, recebem três refeições diárias e trabalham na varrição de ruas.
O anúncio de Alckmin foi feito um mês depois da ação surpresa da Polícia Civil na Cracolândia, que colocou em lados opostos governo estadual e municipal. Com o uso de bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, policiais detiveram pelo menos 30 pessoas onde funciona a "Operação Braços Abertos", de Haddad. A ação foi criticada como "lamentável" pela prefeitura, mas depois do episódio Haddad minimizou as divergências.
A prefeitura, por meio de sua assessoria, afirmou que a Operação Braços Abertos registrou a redução de até 70% no consumo de crack dos beneficiários do programa municipal e defendeu o programa de reinserção social municipal mesmo sem a obrigatoriedade do tratamento de saúde pelos viciados em crack. Afirmou ainda que 213 beneficiários começaram tratamento de saúde para se desintoxicar.
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