A Alstom conseguiu tudo o que queria com o governo de São Paulo. Os quatro negócios citados em e-mail pelo ex-presidente da empresa José Luiz Alquéres como estratégicos foram fechados com o Metrô e a CPTM.
Em dois desses contratos houve conluio entre as empresas, segundo acusação da Siemens feita ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão do governo federal que cuida da defesa da concorrência.
O objetivo de Alquéres era faturar 250 milhões de euros (R$ 900 milhões na época e R$ 750 milhões hoje) com os projetos. O valor foi ultrapassado. Os quatro negócios renderam cerca de R$ 1,5 bilhão, em valores atualizados.
O e-mail de Alquéres, de 18 de novembro de 2004, citava uma situação negativa para a divisão de transporte da Alstom --a empresa só conseguira atingir 11% das metas em oito meses. Para mudar esse cenário, ele recomendava a contratação do lobista Arthur Teixeira e a atuação de Paulo Borges, então diretor de transportes da Alstom.
Teixeira é apontado por autoridades da Suíça como intermediário no pagamento de propinas para funcionários públicos do governo do Estado nas gestões de Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. Na delação da Siemens, a empresa dele é citada como peça-chave para eliminar entraves ao cartel.
Borges é acusado pela Siemens de ter participado das reuniões do cartel em que se decidia a divisão de mercado.
O ex-presidente da Alstom diz que não sugeriu o uso de meios ilícitos para obter os contratos (leia texto ao lado).
Os negócios mirados pela Alstom eram a reforma e fornecimento de trens novos para a CPTM e a venda de trens e de sistema de sinalização para a linha 2 do Metrô.
DIVISÃO DE NEGÓCIOS
A acusação da Siemens mostra que dois métodos foram usados pela Alstom, em cartel com outras empresas, para obter os contratos com o governo: a divisão prévia de lotes e a combinação de que as derrotadas seriam subcontratadas pelas vencedoras.
Na reforma de trens da CPTM, projeto chamado de Boa Viagem, os lotes foram divididos e a Alstom ficou com quatro deles.
E-mails reunidos pela Siemens indicam que as empresas tiveram acesso ao plano da CPTM antes que ele tivesse se tornado público.
Marcos Missawa, executivo da Siemens, contou o seguinte em e-mail de 24 de novembro de 2004: "A CPTM tem por objetivo principal dar o pacote completo para quatro grandes fornecedores (Alstom, Siemens, Bombardier e TTrans)".
No caso da sinalização da linha 2 do Metrô, o acerto do cartel, segundo a Siemens, foi de que seriam formados dois consórcios para a licitação, mas um deles apresentaria uma proposta com valor superfaturado e perderia a concorrência, mas seus integrantes seriam subcontratados.
Nos negócios de compra de trens, CPTM e Metrô reutilizaram contratos que haviam sido assinados há dez e 15 anos, respectivamente. O Tribunal de Contas considerou irregular a compra da CPTM e apontou que a empresa deveria ter feito nova licitação. As informações são da Folha de São Paulo.... Como diria Stanley... Contra o PT, escreve em letras garrafais, formação de quadrilha e delação premiada; contra tucanos é "cartel" e "acordo de leniência". Tucano não rouba: comete deslize...
Em dois desses contratos houve conluio entre as empresas, segundo acusação da Siemens feita ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão do governo federal que cuida da defesa da concorrência.
O objetivo de Alquéres era faturar 250 milhões de euros (R$ 900 milhões na época e R$ 750 milhões hoje) com os projetos. O valor foi ultrapassado. Os quatro negócios renderam cerca de R$ 1,5 bilhão, em valores atualizados.
O e-mail de Alquéres, de 18 de novembro de 2004, citava uma situação negativa para a divisão de transporte da Alstom --a empresa só conseguira atingir 11% das metas em oito meses. Para mudar esse cenário, ele recomendava a contratação do lobista Arthur Teixeira e a atuação de Paulo Borges, então diretor de transportes da Alstom.
Teixeira é apontado por autoridades da Suíça como intermediário no pagamento de propinas para funcionários públicos do governo do Estado nas gestões de Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. Na delação da Siemens, a empresa dele é citada como peça-chave para eliminar entraves ao cartel.
Borges é acusado pela Siemens de ter participado das reuniões do cartel em que se decidia a divisão de mercado.
O ex-presidente da Alstom diz que não sugeriu o uso de meios ilícitos para obter os contratos (leia texto ao lado).
Os negócios mirados pela Alstom eram a reforma e fornecimento de trens novos para a CPTM e a venda de trens e de sistema de sinalização para a linha 2 do Metrô.
DIVISÃO DE NEGÓCIOS
A acusação da Siemens mostra que dois métodos foram usados pela Alstom, em cartel com outras empresas, para obter os contratos com o governo: a divisão prévia de lotes e a combinação de que as derrotadas seriam subcontratadas pelas vencedoras.
Na reforma de trens da CPTM, projeto chamado de Boa Viagem, os lotes foram divididos e a Alstom ficou com quatro deles.
E-mails reunidos pela Siemens indicam que as empresas tiveram acesso ao plano da CPTM antes que ele tivesse se tornado público.
Marcos Missawa, executivo da Siemens, contou o seguinte em e-mail de 24 de novembro de 2004: "A CPTM tem por objetivo principal dar o pacote completo para quatro grandes fornecedores (Alstom, Siemens, Bombardier e TTrans)".
No caso da sinalização da linha 2 do Metrô, o acerto do cartel, segundo a Siemens, foi de que seriam formados dois consórcios para a licitação, mas um deles apresentaria uma proposta com valor superfaturado e perderia a concorrência, mas seus integrantes seriam subcontratados.
Nos negócios de compra de trens, CPTM e Metrô reutilizaram contratos que haviam sido assinados há dez e 15 anos, respectivamente. O Tribunal de Contas considerou irregular a compra da CPTM e apontou que a empresa deveria ter feito nova licitação. As informações são da Folha de São Paulo.... Como diria Stanley... Contra o PT, escreve em letras garrafais, formação de quadrilha e delação premiada; contra tucanos é "cartel" e "acordo de leniência". Tucano não rouba: comete deslize...
1 Comentários:
O suposto arquivamento do requerimento do Ministério Público suíço em pasta errada não pode ser admitido como justificativa para não investigar lobistas e demais responsáveis pelas denúncias de corrupção no metrô de São Paulo. O MP tem a obrigação (Lei 8.112/90) de apurar responsabilidade e penalizar o(s) culpado(s). Do contrário, o próprio CNMP deve investigar o MPF-SP. Onde está o Janot????
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