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domingo, 27 de outubro de 2013

Aliança com Marina faz PDT desembarcar de apoio a Eduardo Campos

Entre os novos aliados,  há temor de que posições consideradas "messiânicas" de Marina atrapalhem as composições políticas. Um desses novos aliados ouviu de uma pessoa próxima a Marina que ela se reúne em um dia fixo da semana com um grupo de cerca de 60 pessoas que se sentam no chão, enquanto ela, sentada numa cadeira mais alta, fica falando por cerca de duas horas.

O mais delicado agora é administrar essa coisa messiânica. Onde eu me reúno, o que mais ouço é: com o PT está ruim demais, mas com Marina, o país não vai parar? - afirma, preocupado, um senador ligado à coligação Eduardo e Marina.

A entrada da ex-ministra Marina Silva no PSB jogou o PDT de volta à aliança com a presidente Dilma Rousseff para a disputa presidencial. O partido tendia a sair do governo para marchar com a candidatura de Eduardo Campos, mas decidiu recuar depois da adesão de Marina à aliança do governador de Pernambuco.

"Tínhamos muita simpatia pela candidatura de Campos, mas ele deu um passo atrás ao receber a Marina", disse o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE). Para ele, Marina Silva afugenta candidatos a aliados de Campos no futuro.

"A Marina não tem nenhuma proximidade com os ideais da esquerda. Além de tudo, ela é muito desinformada sobre o que acontece no Brasil", afirmou o líder.

 O DEM, que estava se aproximando de Campos, também desistiu de compor com o governados depois que Marina se filiou ao PSB.

A Executiva nacional do PDT fará reunião com todos os dirigentes estaduais do partido no dia 31. A intenção é analisar a conjuntura partidária depois do surgimento do Solidariedade e do PROS, partidos que tiraram parlamentares da legenda, e das ofertas feitas pela presidente Dilma Rousseff para que os trabalhistas permaneçam no governo e na aliança que vai trabalhar pela reeleição dela. A reunião não será deliberativa.

Antes da adesão de Marina Silva a Eduardo Campos, os senadores Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MT) vinham trabalhando para que o PDT saísse do governo. A proposta tinha simpatia tanto dos diretórios estaduais quanto de parte do nacional. Para tentar neutralizar esse movimento, Dilma acionou o prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti, pedindo que atuasse em sentido contrário. Fortunatti é aliado de Dilma.

"Eu tenho coerência. Nunca os prefeitos, de todos os partidos, tiveram um tratamento tão igualitário quanto agora", disse Fortunatti ao defender a permanência do PDT no governo Dilma e na aliança que vai tentar a reeleição da presidente. "Não posso ser contraditório. Para os prefeitos a reeleição da presidente é a melhor coisa que pode acontecer", afirmou ele.

1 Comentários:

Syk4ryo disse...

Saudades da postura de Leonel Brizola em relação a esses filhotes da ditadura!

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