O jornal "O
Globo", em ato falho, admitiu que encomenda trabalhos para um partido de
oposição, o DEM, ao fazer uma reportagem,
servindo-se de mão de obra paga com dinheiro público.
Fosse apenas afinidade ideológica do jornal com o DEM, vá lá, afinal ninguém
tem a menor dúvida quanto a isso. O problema torna-se grave quando a reportagem
dá a entender que assessores dos gabinetes de parlamentares do DEM pagos com
dinheiro público, estariam servindo de mão de obra para fazer levantamentos
para o jornalão.
Não se trata de uma relação de fonte de notícias com jornalistas, trata-se de
um trabalho profissional de compilação de dados que deveria ser feito na
redação do jornal com custos pagos pela empresa jornalística que tem fins
lucrativos.
Entretanto foi feito por funcionários do Congresso Nacional, usando
a máquina pública, paga com dinheiro público.
O jornal tinha pleno acesso às informações que subsidiaram a reportagem,
através da lei da acesso à informação, sem precisar onerar a máquina pública
para fins privados. Ainda seria aceitável se os assessores do DEM apenas
fornecessem os dados brutos do sistema solicitados como um favor. Mas fazer um
levantamento organizando dados encomendado pelo jornal, usando a máquina
pública, é completamente impróprio e improbo.
A reportagem, por sinal, é um exemplo de manipulação sensacionalista de dados,
para forçar uma crítica quanto ao número de ministérios, que não corresponde à
verdade dos fatos.
Procura confundir despesas administrativas (que seriam o alvo da crítica) com
despesas operacionais, que é a razão de ser dos serviços públicos. Pela conta
mirabolante, a folha de pagamento das Forças Armadas, dos professores da rede
pública federal, dos policiais federais, dos fiscais da Receita Federal, enfim,
de todo o funcionalismo civil e militar seria "gastança" dos
ministérios.
Chega ao cúmulo de criticar a quantidade de servidores aposentados ter
crescido.
O que o jornal sugere? Que os aposentados morram mais e mais rápido?
Afirma que a soma dos funcionários ativos e aposentados cresceu de 2002 para
2011. Ora, se funcionários aposentam, como deixar de contratar outros para
repor e manter os serviços públicos funcionando? Como manter aulas em uma
Universidade Federal senão contratando professores novos para substituir os que
se aposentam?
Além disso, em 2002, vamos lembrar, o governo de Fernando Henrique Cardoso
havia sucateado o Estado brasileiro, havendo falta de funcionários em diversas
áreas. A partir do governo Lula, além de haver recomposição da capacidade do Estado
brasileiro funcionar e executar as funções que o cidadão espera, houve expansão
da rede de escolas técnicas e campus universitários federais, aumentando muito
as vagas na rede federal de ensino e exigindo a contratação de novos
professores. O mesmo aconteceu em outras áreas, como a Polícia Federal para
combater a corrupção.
Quanto a funcionários da Receita Federal, parece compreensível que as
Organizações Globo não nutram muita simpatia, depois do recente escândalo da
suposta sonegação do imposto de renda na compra dos direitos de transmissão da
Copa de 2002, mas e em outros órgãos, o que "O Globo" sugere?
Privatizar as Forças Armadas para empresas estadunidenses de mercenários como a
Blackwater?
Por fim, como já
dissemos em nota
anterior, da conta de 39 ministérios criticada, alguns são órgãos que
já existiam e apenas ganharam status de ministério. É o caso do Banco Central,
da Advocacia-Geral da União, do Gabinete de Segurança Institucional (antiga
Casa Militar) e da Controladoria-Geral da União. E há dez secretarias dentro da
estrutura da Presidência da República. Grande parte já existia em governos
passados ou era estrutura de segundo escalão, sob outra hierarquia, que agora
tem status de ministério. Sobram, na verdade, 24 órgãos com a nomenclatura de
ministério, além da Casa Civil. Siga
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1 Comentários:
A Afinidade entre a Partido Mais corrupto e a Emissora Golpista.
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