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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Geraldo Alckmin barrou CPI da Siemens em 2008.



Siemens resolveu abrir a boca e mostrar  as roubalheiras em São Paulo

 Em maio desse ano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez um discurso em que criticou a impunidade no Brasil e afirmou que; o "povo não sabe de um décimo do que se passa contra ele" próprio. Estaria o  governador tucano fazendo  uma “mea-culpa”  pelas CPIs abafadas durante todos os anos em que o PSDB ocupou  cargos de prefeito, governador e presidente?. Quando  não investigou a corrupção nas obras do metrô com  a Siemens  e Alston?.

 A multinacional alemã Siemens sempre foi parceira dos governos do PSDB e agora, denunciou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão do Ministério da Justiça, formação de cartel entre empresas para superfaturar licitações de equipamentos para o metrô  de SP com preços até 20% superiores aos de mercado.

 No ano de 2010, o jornal Folha de São Paulo, publicou diversas reportagens afirmando que, soube seis meses antes da divulgação  quem seriam os vencedores da licitação  do metrô de São Paulo  para concorrência de  lotes da linha 5 (Lilás) A licitação foi aberta em outubro de 2008, quando o governador de São Paulo era José Serra (PSDB) --ele deixou o cargo no início  de 2010  para disputar a Presidência da República.

Em seu lugar ficou seu vice, o tucano Alberto Goldman. Na época, o Metrô, estatal do governo paulista,  e o Ministério Público Paulista, afirmaram  que investigariam o caso. Até hoje, nenhuma investigação foi aberta. Cronologia da corrupção: O estado de São Paulo é governado pelo PSDB desde 1995 Em 1994,  Geraldo Alckmin era  vice-governador de Mário Covas. Com a morte de Covas, em 2001, assumiu o governo e se reelegeu em 2002. Foi candidato à Prefeitura de São Paulo em duas ocasiões, em 2000 e em 2008.


Concorreu à Presidência da República em 2006. Em 2009, foi empossado secretário de Estado de Desenvolvimento. Em 2010, venceu as eleições para governador do Estado . 2008 a Siemens  foi acusada de pagar propinas, para conseguir contrato para construção da Linha 5 (Lilás) do Metrô, -- a mesma que o jornal afirmou ter conhecido o resultado da licitação  com antecedência -.Os contratos foram negociados com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). No mesmo ano, a bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo  tentou instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar 146 contratos firmados entre o estado  de SP e a empresa alemã Siemens entre 2000 e 2006, período em que Alckmin era o governador paulista. Entre outras denuncias, a CPI investigaria  a denúncia, de que a  Siemens pagou, 1,3 bilhão em transações suspeitas por obras em São Paulo.

 A bancada petista alegava que alguns contratos foram feitos em consórcio com a Alstom e tiveram um custo de R$ 2,75 bilhões. A multinacional francesa já estava sob investigação por pagamento de propina a políticos de São Paulo para obter vantagens em contratos com o governo do estado. Na Assembleia paulista, a bancada é  aliada dos tucanos  desde que o PSDB assumiu o governo do estado, nunca deixou que fosse aberta uma comissão de investigação que fosse proposta pelos partidos de oposição Na época, o   então candidato a prefeitura   Geraldo Alckmin minimizou a tentativa de CPI  afirmando; "Se houver um fato deve ser investigado.

 O que não pode haver é politicagem em véspera de eleição". Agora há fatos a serem investigados . Teremos CPI em São Paulo?

 Na época, a Siemens  tinha quatro contratos com o  Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos),  no  valor total de R$ 1 bilhão As investigações tiveram origem num inquérito que apurava se a Alstom  pagava  propina para obter contratos com empresas ligadas ao governo paulista (leia-se, José Serra e Geraldo Alckmin do PSDB). Siemens e Alstom  estavam sendo  investigadas no exterior sob suspeita de terem subornado agentes públicos e políticos para obter contratos  em três países, um desses, o  Brasil O contrato de maior valor em investigação no Brasil foi assinado em 2000, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), para a construção da linha da CPTM que liga o largo Treze ao Capão Redondo, na zona sul (posteriormente, a linha foi transferida para o Metrô).

 O valor inicial era de R$ 527,3 milhões, segundo dados do Tribunal de Contas do Estado . Foram assinados três acréscimos, que somavam  perto de R$ 18 milhões. A Siemens não foi a única contratada -a Alstom, a DaimlerChrysler Rail System e a CAF espanhola também fizeram a linha. Agora, pego em mais essa saia justa, o governador tucano disse que vai "conduzir uma investigação própria".

Investigação própria 

 O caso é para uma mega operação da Polícia Federal e para o Ministério Público tirar o traseiro dos gabinetes refrigerados e parar de blindar tucanos, afinal a derrubada da PEC 37 serviu para quê? Essa investigação do CADE já é desdobramento de denúncias de fevereiro de 2011, conforme o vídeo abaixo.

 Cadê a "investigação própria" do Alckmin de 2011?

 A resposta é uma enorme operação abafa para acabar em pizza. Agora que o povo foi às ruas reclamando do transporte urbano, a CPI da corrupção no Metrô e CPTM tem que ser desengavetada na Assembleia Legislativa, convocando o governador para explicar qual foi o resultado da "investigação própria" desde o escândalo da Alstom, muito parecido com este, estourado há 5 anos atrás.

 No TCE-SP, raposas tomam conta do galinheiro No escândalo Alstom, contas bancárias na Suíça atribuídas como sendo do ex-deputado tucano Robson Marinho foram bloqueadas. Até hoje Robson Marinho continua comoconselheiro e vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo órgão responsável por fiscalizar e aprovar as contas do governador, inclusive no metrô. Isso já é escárnio. Não se pede linchamento, nem condenação sem direito à defesa. Mas nada justifica ele permanecer num cargo destes, enquanto responde à denúncias que são totalmente incompatíveis com o exercício do cargo. Siga nosso blog no Facebook

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