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quarta-feira, 13 de março de 2013

Dedão de silicone derruba 'choque de gestão', ao excluir povo do controle




No serviço de ambulâncias SAMU da prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, cidade da região metropolitana de São Paulo, foi descoberto que médicos usavam cópia de seu dedo, moldado em silicone, para fraudar a frequência no plantão, controlada por relógio de ponto que lê a impressão digital.

A descoberta foi a partir de uma denúncia, levando a Guarda Municipal a gravar em vídeo o delito, com o consentimento do Ministério Público.

Dado o flagrante, foram apreendidos 6 dedos de silicone. Um era réplica do dedo da médica Aline Monteiro Cury que, segundo a prefeitura, é filha do coordenador do SAMU, contratada há 3 anos e nunca trabalhou.

A cidade é governada desde janeiro por Acir Filló (PSDB), que tem o crédito de sua gestão ter agido para desbaratar o esquema. O antecessor, que governou a cidade por 8 anos, foi Jorge Abissamra (PSB), que por sinal é médico, e deixou um rastro de escândalos em sua gestão que estão indo parar na justiça.

Apesar do prefeito anterior ser do PSB e não do PSDB, o caso mostra o quanto o chamado "choque de gestão", tão enaltecido pelos tucanos, pode enganar.

Aparentemente, instalar relógio de ponto com leitura biométrica da impressão digital seria exemplo de boa gestão, modernizando e dando eficiência aos controles, impedindo fraudes. Aconteceu o contrário, e o suposto controle eletrônico eficiente, possivelmente, até poderia servir para legitimar funcionários fantasmas. Afinal quem questionaria a presença de um funcionário, se a impressão digital comprovava o horário de entrada e de saída? Porém o serviço SAMU ficava desfalcado de médicos contratados para estarem ali. Se duas ou mais pessoas chamassem ambulância no mesmo momento, um dos pacientes iria ficar sem atendimento naquele instante por falta de médico, e teria que esperar, o que poderia até ser fatal conforme a gravidade da emergência.

Nada contra a tecnologia e a boa técnica, mas ela, por si só, não traz necessariamente melhorias no serviço público, se não tiver controle humano interno, feito pelo próprio funcionalismo, e externo, feito pelo cidadão a partir de informações transparentes tornadas públicas, para ele fazer controle social.

No caso de unidades de saúde de atendimento ao público, nada mais simples e útil do que publicar em um quadro bem visível a todos os cidadãos (e também na internet), quais médicos tem que estar trabalhando ali, a escala de plantão, qual a especialidade, em qual horário, e ausências justificadas (se houver), para o cidadão saber o serviço que o Estado está lhe oferecendo, e se está sendo entregue, até para ele poder reclamar, se for caso, ou interagir, participar da própria política de saúde pública e cobrar melhorias da prefeitura. É uma medida muito simples e de custo praticamento zero, pois só depende do gestor gastar uns minutos por dia para colocar em prática.




2 Comentários:

Anônimo disse...

ISTO É VOLTA A FAZER DENÚNCIA CONTRA SENADOR FLEXA RIBEIRO
http://www.istoe.com.br/reportagens/9133_ESQUEMA+MERCHANTS

ISTOÉ - Independente

ISTOÉ Brasil N° Edição: 1833 24.Nov.04
Esquema merchants

Banco americano movimentou US$ 18 bi via doleiros e revela as transações dos
silveirinhas e do senador Flexa Ribeiro
Sônia Filgueiras e Weiller Diniz Curitiba (PR)

Em 2003 a Polícia Federal deu uma batida na empresa dos empresários Alexandre
Martins e Reinaldo Pitta, procuradores de uma penca de jogadores de futebol,
entre eles Ronaldinho. A dupla foi processada por sonegação e suspeita de lavar
dinheiro do esquema comandado por Rodrigo Silveirinha na Secretaria de Receita
do Rio de Janeiro que envolvia extorsão em troca de anistias fiscais. O esquema
enviou ilegalmente para o Exterior mais de US$ 33 milhões até a denúncia de
ISTOÉ. No escritório onde funcionavam a Gortin Promoções e a Passabra Turismo, a
PF apreendeu uma agenda do funcionário. Nela, uma anotação chamou a atenção dos
federais: “Merchants Bank New York, C/C 9002934. Nome ATT Carolina, ABA
026006790, Bradner Fin”. Nos interrogatórios, os dois não explicaram as
anotações e negaram conhecer Carolina Nolasco, uma portuguesa naturalizada
americana presa nos EUA por lavar dinheiro sujo quando era executiva do
Merchants Bank. Carolina foi investigada no Brasil por ser a doleira do
ex-tesoureiro de Collor, Paulo César Farias.

Agora a polícia já pode rastrear o dinheiro da dupla enviado para fora. As
autoridades americanas enviaram ao Brasil uma megabase de dados que abriga 200
mil transações bancárias de brasileiros em 46 contas no Merchants Bank de Nova
York entre 1998 e 2002. Na conta com o nome de “Bradner Finantial” está o fio da
meada da grana movimentada pela dupla Martins-Pitta. Nela há três depósitos
realizados entre janeiro e abril de 1999 no valor total de US$ 3,2 milhões em
nome da Gortin Corporation, o braço internacional da Gortin Promoções, com sede
nas Ilhas Virgens Britânicas. Os registros bancários do Merchants conferem
perfeitamente com as anotações da agenda apreendida: o nome da conta (Bradner),
o número de identificação do banco de onde veio o dinheiro e o nome da
responsável, Carolina Nolasco. Mas não é só. A PF também conta com uma outra
base em que o esquema surge com volume ainda maior. No MTB Bank de Nova York,
uma extensão do esquema Banestado, passaram outros US$ 21 milhões em nome da
Gortin Corporation. A maior parte dos milhões foi depositada na conta da Depolo
Corporation, controlada por doleiros brasileiros.

Pelas contas do Merchants circularam US$ 18 bilhões. Quase todas as offshores
que operavam no esquema Banestado-MTB também estão no Merchants. Por isso, os
especialistas que investigam a usina de evasão acreditam que o Merchants pode
ser um dos últimos elos da ciranda do dinheiro. A nova base de dados reúne
centenas de empresários, operadores do mercado financeiro, casas de câmbio,
falsas agências de viagens, advogados de bancos e políticos. Um deles é o
suplente de senador Fernando de Sousa Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que tem a posse
marcada para o começo do ano no lugar do prefeito eleito de Belém, Duciomar
Costa (PTB-PA). Às voltas com denúncias de corrupção em licitações em Roraima
(AP), Flexa Ribeiro chegou a ser preso pela PF há duas semanas. Sua dor de
cabeça vai aumentar. Nos registros da lavanderia de Carolina constam cinco
depósitos feitos em seu nome, no valor de US$ 180 mil, entre junho de 2000 e
junho de 2001. Tem mais: em novembro de 2003, ele faz outras três movimentações
milionárias usando o esquema do MTB, no total de US$ 700 mil. Tudo somado, Flexa
Ribeiro manipulou no Exterior nada menos que US$ 880 mil usando doleiros.

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Geysa Guimarães disse...

Boa demais esta matéria sobre a nova descoberta da medicina, o DEDONE.
A máfia de branco tá se aperfeiçoando!

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