A escolha do novo Papa, o argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, jesuíta, cardeal de Buenos Aires, surpreendeu muita gente, pois não integrava a lista dos principais favoritos.
Até por não ser midiático não é tão conhecido assim. Seus adjetivos na imprensa são de que é conservador, porém mais moderado do que Bento XIV, levava uma vida modesta e humilde em Buenos Aires, trocando o palácio que caberia ao Cardeal por uma residência simples, andava de metrô e ônibus, defendia e andava ao lado também dos mais pobres, atacava o neoliberalismo por um lado, e não se dava muito bem com os Kirchner por outro.
Os católicos tem no Papa seu líder máximo e guia. Os não católicos esperam que seja um humanista atuante pela paz e, portanto, pelo diálogo; pela dignidade humana na luta contra a pobreza no mundo, e na defesa dos direitos humanos universais.
Conservador, dizem. Mas a religião católica é conservadora em seus dogmas, logo seria quase impossível encontrar algum dos Cardeais que não fosse conservador em algum grau.
Há liberdade religiosa, então cada um viva a sua, conforme suas convicções, e deixe o outro viver.
O teólogo Leonardo Boff, quando a fumaça branca saiu, mas antes da revelação do escolhido, acertou o nome que seria escolhido pelo novo Papa:
- A verdade é que estou surpreso, eu não posso dizer nada sobre o novo Papa, é preciso esperar, mas a escolha foi rápida, tão rápida, que é surpreendente. Só gostaria que o Papa eleito seja um Francisco I, um Papa de sandálias para caminhar - disse Boff à Agência Ansa.
Depois Boff disse no twitter ter boas expectativas:
"O Papa Francisco é uma promessa.Primeiro o nome.S.Francisco recebeu de Cristo o pedido de reconstruir a Igreja.Francisco é irmão universal.
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O Papa Francisco inovou:deu centralidade ao Povo de Deus. Este deu primeiro a benção ao Papa.Só depois ele a deu ao povo. Sóbrio,sério simples."
A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, emitiu nota felicitando o novo Papa. A presidenta Dilma também, e divulgou no blog do Planalto.
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3 Comentários:
Infelizmente Boff tem uma fé ,diria,infantil na instituição igreja.Este novo papa tem recebido críticas de seus conterrâneos,o que se diz é que foi um colaborador da ditadura,um opositor da mudanças implementadas pela presidenta Cristina,um conservador.A igreja católica continua nesta rota suicida de não ver a realidade.Vai perdendo fiéis rapidamente,não só para as igrejas pentecostais,mas ja esta em campo uma visão de que não se precisa da igreja para professar sua fé,crença.Não acredito pelo que venho visto que a igreja mesmo a longo prazo mudará.Ela é seu pior inimigo.este papa não significa nada,é colocar 6 no lugar de meia dúzia.
Não sou catolico mas gostei deste papa, Francisco I. acho que a sociedade e principalmente os catolicos vão aprender muito de Deus com ele, pois um dos principais atributos que deus espera de nós humanos e a humildade, e uma das primeiras impressões que o papa escolhido me passou, ainda que pela tela da televisão, foi bastante humildade, e isso me contagiou. aguardamos sua vinda em breve.
Zé Augusto, muito bacana seu texto, oposto do que tem sido escrito em outros blogs que, tão logo anunciado o novo Papa, já saíram atirando pedras, disseminando as difamações de alguns anti-católicos que, para isso, já contam há muito com a mídia tradicional. Para tais críticos, não adiantaria a Igreja eleger Papa nem mesmo a São Francisco ou até a Jesus, que eles, da sua "superioridade" atirariam pedras.
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