Em uma sala com uma das vistas mais belas de Brasília, no terceiro
andar do Tribunal Superior do Trabalho, trabalha uma ex-empregada
doméstica. A ministra Delaíde Alves Miranda Arantes traçou o itinerário
de muitas meninas da zona rural brasileira. Filha de agricultores de
Pontalina, cidade a pouco mais de 100km de Goiânia, ela começou a
trabalhar aos 14 anos cuidando da casa de um bancário e uma professora.
Depois foi atendente em um consultório médico até ir à capital goiana
para estudar. Lá, trabalhou sem remuneração em outra família, em troca
de um teto e comida por cerca de um ano. Em seguida, exerceu outras
profissões em empresas de vários ramos até enveredar para o direito,
formação que cursou graças a uma bolsa.
A dedicação aos estudos
resultou em uma carreira de sucesso como advogada. Em março de 2011,
chegou a cadeira de ministra. A trajetória, para ela, é um orgulho,
além de ajudá-la a julgar. "Quando analiso as leis, sei exatamente o
que significam os direitos, ou a ausência deles, para um trabalhador. O
trabalho doméstico carrega o traço do trabalho escravo no Brasil. Só
que não podemos mais conviver com uma classe tão grande tratada como
profissionais de segunda categoria."
5 Comentários:
E dai? O Joaquim Barbosa (me lembra muito os capitães do mato negros) era pobre que virou um ministro (escolhido a dedo pelo Lula) e hoje é um capacho do PIG e da elite e que está ai perseguindo o PT. O que me revolta é a passividade dos caciques do PT que não partem para a briga com essas porcarias que estão tentando destruir a integridade e a moral de um partido nascido do povo.
Gostaria de ver outros tribunais ocupados por juízes que tenham essa visão, venham de onde vierem. Sabemos que a origem não garante conduta correta. Vide os membros do Somos Todos Fariseus,especialmente um tal...
Sem diplomas na parede, me pergunto de que servem e a quem servem, os títulos "dus dôto" se eles apenas atravancam o "pógressu" social de uma nação tão desejosa de justiça, justiça mesmo?
Outra pergunta. Onde anda o senhor que me foi apresentado no Centro de São Paulo como sendo proprietários de 300 (trezentos) prédios? TFP sabe!
Quantos representantes de nossa elite não gostariam de ter uma ministra do TST como empregada doméstica. Chique no úrtimo!
ary
Desde modo Ministra é que se justifica o ódio da nossa elite aos programas de políticas públicas desenvolvidos nos últimos doze anos em especial ao Bolsa Família, PROUNI e tantos outros que tiraram mais de 50 milhões de brasileiros das senzalas. Tá faltando escravos para atender as elites, este é o real motivo do ódio.
Taí. Delaíde seria uma boa opção para o STF.
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