Pages

domingo, 26 de agosto de 2012

E se o Dr. Joaquim Barbosa conhecesse as férias na roça?

Era uma vez um juiz de nome Severo, conhecido como "o mão pesada". Não tinha contemplação, nem misericórdia. Todo réu, sobre quem pesasse mínimas provas circunstanciais, era impiedosamente lançado no calabouço.

Ao voltar de umas férias, o juiz mudou completamente de atitude. Passou a aplicar sempre a máxima de "na dúvida, pró réu". Por mais que houvessem provas circunstanciais, se pairassem dúvidas, ninguém mais ia para a cadeia por sentença dele.

Todos os advogados ficavam perplexos com tão radical mudança. Mas ninguém perguntava o motivo, pois o juiz não dava liberdade para tocar no assunto.

Um dia apareceu o Dr. Pacheco no Fórum, um velho colega de turma e amigo pessoal do juiz Severo. Ao tomar conhecimento da história, ficou intrigado e, curioso, não resistiu em perguntar-lhe na primeira oportunidade em que tiveram uma conversa de velhos amigos:

- Diga-me, Dr. Severo, porque é curiosidade de todos, inclusive minha, o que pode ter lhe ocorrido para tornar-se tão liberal em suas sentenças, diante de provas circunstanciais, que antes o levava a decidir pela condenação?

- Meu bom amigo sabe que passei a infância criado na roça, de onde guardo ternas lembranças. Nas minhas férias passei uns dias na fazenda de meu primo, com a Matilde, minha mulher, onde tive o prazer de relembrar doces afazeres da vida brejeira nos tempos de criança.

Acordava com o galo cantando, e um dia, ainda antes do sol nascer, levantei antes da Matilde acordar e fui ao curral tirar leite quentinho da vaca.

Apanhei um balde e caí no trabalho. Só que a vaquinha Florisbela era indócil. Com a pata esquerda derrubava o balde. Então apanhei uma corda e amarrei sua pata esquerda numa estaca.

Aí ela derrubava o balde com a pata direita. Amarrei a direita também.

Sentei num tamborete e reiniciei o trabalho de ordenha. Não é que a Florisbela começou a me chicotear com o rabo, com tal violência, que o jeito foi amarrar sua cauda numa trava do curral.

Foi então que começou o meu drama.

Tive vontade de urinar e, longe do banheiro e sem ninguém ali por perto, resolvi me aliviar ali mesmo. Justo na hora em que tirei o "passarinho" para fora, foi exatamente o momento em que a Matilde, me procurando, entrou no curral e me deu o flagrante.

Até hoje eu tento provar à Matilde que não era nada daquilo que ela estava pensando.

As provas circunstanciais indicavam outra situação que, bem... você sabe como é constrangedor, e não preciso explicar-lhe... mas ela não acredita em minha explicação, por mais que eu jure que é a mais pura verdade.

Desde então, por sentir na própria pele, compreendi como as aparências enganam. Nem sempre espelham a realidade dos fatos, nem as reais intenções do autor, e entendi a importância em ater-me mais detalhadamente nas explicações dos réus que, antes, soava para mim apenas como mero pretexto para escapar da condenação.


-x-x-x-

O conto acima é do site "A Toca do Lobo" com algumas adaptações.

Provas circunstancias, se forem seguras e a defesa não tiver como contestá-las, podem ser suficientes para condenação. Mas se a defesa conseguir mostrar que a verdade dos fatos pode mesmo ser outra, é motivo suficiente para a absolvição.

8 Comentários:

Paulo disse...

O problema é que todos saberiam da surra que deixou o Dr. Joaquim entrevado.

Paulo disse...

O problema é que todos saberiam da surra que deixou o Dr. Joaquim entrevado.

Ana Cruzzeli disse...

Zé Augusto, tenho pra mim que no caso do Joaquim Barbosa também é o caso das aparências podem enganar. Não me parece que ele seja louco ou ingenuo nesse caso.

Sabe a historia do policial bom e do policial mau? Talvez estajamos diante do mesmo caso.

A justiça deve fazer caminhos tortuosos para ser plena. O rei Salomão e sua espada e o juiz bom e juiz mau sejam coisas similares.
Ninguém melhor do que o Joaquim que deve ter tantas historias de humilhação é sabedor disso.Ele me parece um grande analista da sociologia do STF e da psicológica dos membros daquela casa ele, está seguindo caminhos tortuosos para fazer justiça.

Você já percebeu isso. Como o Gilmar pode julgar os reus culpados se o Joaquim já fez isso, seguir o relator? O Gilmar não fará isso.

O Marco Aurélio é sempre do contra, se o Joaquim e o revisor absolvessem, o Mello condenaria, então ter duas versões para um mesmo caso é tudo de bom.

Posso está enganada, mas o Joaquim premeditou tudo isso... Bom, isso é um impressão de mulher velha que só tem a intuição para se agarrar.

Carlo Cirenza disse...

Ana,
Acho excelente suas observações:o bom e o mau!!!!!

Carlo Cirenza disse...

Ana,
Acho excelente suas observações:o bom e o mau!!!!!

ProfeGélson disse...

Muito bom!Repassei com a foto do Joaquim no bar e questionando porque hoje ele é o heroi da mídia corrupta...(ao menos por enquanto!)

Anônimo disse...

O problema é querer usar o PT de "bode expiatório" de todos os males do Brasil, se querem condenar petistas, que condenem os tucanos, pois o caso do mensalão mineiro deles foi antes, aí sim eu concordo, quem roubar vai pra cadeia, agora não acho certo fazerem cadeia ser para PPPP, onde o 4º P é de petista, que é isso que eles querem. Apanhar calado não!

D disse...



















































































































































































































































































TO COM NOJO DA ATITUDE RACISTA DO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA POR QUE E QUE ESTÁ ME PARECENDO["RACISMO"*** E AQUELE VELHO DITADOQUE SE DISS!,OS BRANCOS ESCRAVIZARAM POR TANTO TEMPO MEUS IRMÃOS AGORA VOU FAZER JUSTIÇA ACREDITA [ELE QUE ESTÁ FAZENDO JUSTIÇA] SÓ QUE ESQUECERAM DE DIZER Á ELE QUE O BRANCO QUE COLOCOU ELE LÁ NÃO FOI O QUE ONTEM O CHICOTEAVA É HOJE O ELOGIA DE FORMA DESCARADA E SÍNICA ESSA MÍDIA PORCA





Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração