José Serra (PSDB): 30% (empacado, igual a última pesquisa);
Russomanno (PRB): 26% (tinha 24%)
Haddadd (PT): 7%
Soninha (PPS): 7%
Chalita (PMDB): 6%
Paulinho (PDT): 5%
A margem de erro é 3%. Então, admitindo-se que a pesquisa fosse confiável, Serra e Russomano estariam em empate técnico no bloco da frente, e os outros demais candidatos estão também empatados no pelotão do meio.
Haddad é o menos conhecido, por isso é o que tem maior potencial para crescer à medida que o eleitorado o conhecer melhor.
É a primeira pesquisa sem o vereador Netinho de Paula (PCdoB-SP) no páreo. Significa que, nesse primeiro momento, parte dos votos de Netinho foram para Russomano (o segundo mais conhecido pela exposição como apresentador de TV e por ter sido candidato a governador em 2010), outra parte foi pulverizada entre os candidatos do pelotão do meio, e o que intriga é que, aparentemente, nenhum voto tenha ido para Serra.
O fato de Serra continuar empacado em 30%, sem Netinho, pode significar que mesmo beneficiado com a pulverização dos votos de Netinho, já que Serra é conhecido por 100% do eleitorado, o tucano perdeu eleitores que antes diziam que votariam nele.
A eleição de São Paulo está em aberto. Serra captura, por hora, 30% dos votos conservadores do eleitorado tucano, mas não consegue passar disto. Haddad ainda tem a pista limpa para alcançar um terço do eleitorado que sempre vota na PT em todas as eleições de SP, bastando se tornar mais conhecido. Deve dar um salto após o horário eleitoral na TV iniciar, e os eleitores mais distanciados do noticiário político começarem a pensar mais seriamente em quem votar.
Russomano, nesta fase, está sendo beneficiado pelo voto dos que querem mudança, rejeitam Serra, mas não conhecem o suficiente outros candidatos. Em tese, ele pode capturar no primeiro turno boa parte daquele um terço do eleitorado que não é fiel nem aos petistas, nem aos tucanos, mas com apoio apenas de partidos pequenos e pouco tempo na TV, será difícil que a eleição escape da polarização entre Haddad x Serra.
Pela densidade política, composição de forças partidárias, coligações e horário na TV, Haddad e Serra são os mais fortes para ir ao segundo turno. Russomano, a princípio, parece repetir o fenômeno de eleições paulistanas passadas, quando candidatos como Francisco Rossi chegaram a liderar, pela fama e conhecimento pelo eleitorado, mas acabou fora do segundo turno por falta de base política mais consistente. De qualquer forma Russomanno é uma candidatura que precisa ser levada a sério pelos demais candidatos. Se a militância do PT ficar de salto alto e não arregaçar as mangas, não adianta ter mais estrutura partidária se não tiver mobilização e empolgação.
O crescimento de Russomanno, pelo perfil, representa mais ameaça a Serra é não a Haddad, cuja estratégia continua sendo tornar-se mais conhecido e apresentar-se como candidato das mesmas propostas que deram certo no plano federal nos governos Lula e Dilma. Já a estratégia de campanha de Serra terá que voltar para a prancheta. Só demonizar o PT para capturar o voto anti-petista, pode ser um tiro no pé, pois 80% dos paulistanos gostariam de alternância e os 30% do eleitorado anti-petista pode ver em Russomanno uma opção melhor do que Serra. Se o tucano não tomar cuidado corre o risco de entrar em queda livre e ficar fora do segundo turno.
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