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sábado, 14 de abril de 2012

MP-DF avisava Dadá sobre investigações secretas

A revista IstoÉ desta semana traçou um perfil, ainda que incompleto, do sargento Dadá, mas que dá algumas dicas.

- Quando servia no SNI (Serviço de espionagem da ditadura), espionou Luis Eduardo Greenghald, um dos principais líderes do PT paulista na época, por ativismo pelos direitos humanos. Depois espionou o MST (movimento dos sem-terra).

- em outro trecho, a revelação mais importante. Denuncia promotores do Ministério Público do DF, instituição que já sofreu desgaste com o envolvimento de procuradores com o mensalão do DEM:
"...o chefe do setor de Inteligência do Ministério Público do Distrito Federal, Wilton Queiroz. Gravações obtidas por ISTOÉ (leia quadro abaixo) mostram que Queiroz repassa ao espião dados confidenciais sobre inquéritos e processos que tramitam pelo MP. Com essas informações, Dadá pode prevenir seus clientes sobre futuras ações da Justiça. Em troca, o espião faz grampos clandestinos solicitados pelo promotor. Se as conversas interceptadas interessarem ao Ministério Público, posteriormente é obtida uma autorização judicial para a realização de gravações oficiais. Caso não interessem, o próprio Dadá tenta repassá-las a outros clientes. A PF já sabe que, além de Queiroz, há um outro promotor de Brasília que atua em parceria com o araponga: Libânio Alves Rodrigues, também mencionado nas gravações obtidas por ISTOÉ.".
No mais, tem de tudo um pouco. O envolvimento com maus policiais, antigos arapongas, a tentativa de se infiltrar em escalões inferiores do governo Agnelo, frustrada, segundo dá a entender a reportagem. E, como não podia deixar de ser, colocaram petistas de uma cidade do interior de Goiás no meio. Mas, fazendo a devida leitura crítica a reportagem se salva. A íntegra está aqui.

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