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segunda-feira, 26 de março de 2012

PT quer pressionar Gurgel para investigar Demóstenes



O PT no Senado pretende mobilizar os partidos aliados para pressionar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a investigar o envolvimento do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o contraventor Carlinhos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo por supostamente chefiar uma quadrilha de exploração de jogos ilegais.

O líder do partido, senador Walter Pinheiro (BA), conversará com representantes do PDT, PSB e PCdoB, além do PSOL, para encaminhar a Gurgel uma petição solicitando esclarecimentos sobre o que será feito em relação às denúncias que ligam o bicheiro a parlamentares eleitos por Goiás. Representantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção também devem se reunir amanhã com Roberto Gurgel para pedir urgência nas investigações e saber do procurador os motivos da lentidão do processo.

Pinheiro informou ontem que poderá ingressar com uma representação contra Gurgel por omissão, caso o procurador não diga, ao menos, se investigará ou não o caso. A petição reforçará representação anterior que pedia apuração das denúncias, encaminhada à Procuradoria na última terça-feira.

Segundo Pinheiro, o próprio Gurgel admitiu, em entrevista na quarta-feira, que detém farto material que liga Cachoeira a parlamentares. Ao G1, Gurgel afirmou que as gravações de conversas telefônicas, feitas pela Polícia Federal com autorização da Justiça, revelam contatos frequentes do bicheiro com Demóstenes, além de outros parlamentares. Na entrevista, Gurgel disse: "Eu não vi nada e é muita coisa. Vou examinar".

- O procurador precisa dizer se essa montanha de dados serve ou não serve para abrir investigação. Se não serve para pedir a abertura de inquérito contra parlamentares, então que ele assuma e diga que não vai abrir. Agora, se essa montanha de dados é suficiente para abrir inquérito contra parlamentares, que, no mínimo, indique o curso da investigação - cobrou ontem Pinheiro.

Reportagem publicada pelo GLOBO na última sexta-feira revela que Gurgel recebeu, em 2009, documentação de outra investigação, precedente à operação Monte Carlo, que aponta a proximidade de Cachoeira com Demóstenes Torres e os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO). A Monte Carlo ainda apontou a relação do contraventor com o deputado Rubens Otoni (PT-GO).

Nas interceptações feitas pela Polícia Federal, Demóstenes pede para Cachoeira pagar uma despesa dele com táxi-aéreo no valor de R$3 mil. Em outra gravação, segundo informações dos investigadores da PF, o senador fez "confidências" ao bicheiro Cachoeira sobre o resultado de reuniões reservadas que teve com autoridades do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

- Nós só estamos querendo que os meios legais sejam utilizados para que essas informações, disponibilizadas na esfera legal, sejam utilizadas pela Procuradoria Geral da República. Ele disse que queria esperar o fim da operação Monte Carlo. Me parece que a operação já ocorreu - observou o líder petista.

O relatório da PF revela ainda que, desde 2009, Demóstenes usava um rádio Nextel (tipo de telefone) habilitado nos Estados Unidos para manter conversas secretas com Cachoeira. Segundo a polícia, os contatos entre os dois eram "frequentes". A informação reapareceu nas investigações da Monte Carlo. Na sexta-feira, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), afirmou que a situação do seu partido com as denúncias é "incômoda". No Estadão

4 Comentários:

Geysa Guimarães disse...

A rigor, o procurador Gurgel no mínimo procastinou a investigação. Deveria ser afastado do caso e nomeado outro para "procurar" em seu lugar.

Remindo disse...

Pequena história da infâmia
Por Remindo Sauim

O apoio aos que assaltaram a pátria
O golpe militar de 1964 foi louvado pela grande imprensa paulista e carioca. Os editoriais da época eram todos a favor dos usurpadores. As Organizações Globo e Grupo Folha, cresceram a sombra das torturas e assassinatos, a quem davam apoio editorial e emprestavam seu patrimônio.

Saem os militares mas ficam seus órfãos
Com o fim da ditadura, continuaram defendendo as idéias da extrema direita. Ignoraram as Diretas Já e seus editorias batiam diariamente contra os movimentos populares.

União contra o PT
Com o crescimento da esquerda, este grupo midiático apóia Collor contra Lula e Brizola. Com a queda Collor, a direita e a imprensa escolhem Fernando Henrique Cardoso como salvador de suas idéias. Depois de 8 anos, a política do PSDB coloca o Brasil no fundo do poço. José Serra e seus parentes promovem as Privatarias Tucanas

União contra o PT
Com o sucesso de Lula, a família Marinho, a família Frias e mais os Civitas tentam atacar de todas as formas a política petista e em concluo com o contraventor Carlinhos Cachoeira, deputados e senadores do DEM e PSDB criam o famoso Mensalão.

O Mensalão
Este esquema começou em Minas Gerais no ano de 1998, para financiar a campanha de reeleição do tucano Eduardo Azeredo, ao governo de Minas Gerais. Era um caixa 2, método usado por todos os partidos brasileiros para financiarem suas campanhas. Em maio de 2005, para escapar de uma acusação de corrupção nos Correios, o deputado do PTB, Roberto Jefferson, denunciou um caixa 2 do PT.

A mídia eloquece
Aproveitando a deixa, as Organizações Globo, o Grupo Folhas e a Editora Abril criaram um esquema de colocarem notícias contra o PT em seus veículos e os políticos do DEM e PSDB repercutiam no Congresso, o que era colocado na imprensa como novas denúncias contra o PT. Quem a fonte por detrás destas denúncias era o contraventor Carlinhos Cachoeira.

O PT dá a volta por cima
O povo não entra no esquema midiático, reelege Lula e 4 anos depois elege Dilma sua sucessora, depois de uma feroz campanha da mídia a favor de José Serra. Com medo de acabar mal, Roberto Jefferson nega a veracidade de sua denúncia e grampos da Polícia Federal conseguem desvendar o esquema entre o Senador Demóstenes Torres, Carlinhos Cachoeira e o diretor da sucursal da Veja de Brasilia Policarpo Jr.

Uma nova CPI
Espera-se para os próximos dias uma CPI em Brasília para investigar essas associações entre deputados e senadores da oposição, jornalistas e contraventores.

Anônimo disse...

Acho bom! Como petista, estou canasado de justificar a atitude do partido que tem servido de bombeiro do inimigo: CPI do BANESTADO, CPI da Privataria, falso grampo do Gilmar Mendes x Demóstenes, e no caso presente, pelo menos 4 senadores do PT solidarizaram-se com o outro falso moralista Demóstenes... Pergunto: eles estão com medo?
Francisco

Geysa Guimarães disse...

Uau, faltou um r em "procrastinou" e só agora me dei conta.
Desculpem minha falha.

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