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quinta-feira, 8 de março de 2012

Imagine se Demóstenes fosse ministro da Dilma

Com seis dias de atraso, o Jornal Nacional da TV Globo, resolveu publicar, na noite de terça-feira, a notícia das relações do líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres, com Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo por supostamente chefiar uma quadrilha de exploração de jogos ilícitos.

Mesmo assim, como de outras vezes, o telejornal mostrou ter duas caras. Quando a notícia é contra alguém do atual governo federal, a matéria parece um inquérito da inquisição, apontando o dedo e condenando, independente de provas. Quando é contra um Senador de um partido alinhado com a emissora, a edição da notícia absolve, como fez com Demóstenes.

Imagine se um ministro do governo Dilma fosse gravado pela Polícia Federal com autorização da justiça, em conversas telefônicas, falando quase 300 vezes com Carlinhos Cachoeira num período de sete meses. Pois Demóstenes é quem foi gravado com essas centenas de telefonemas. São quase duas ligações por dia (considerando apenas os dias úteis). Só pais, filhos, namorados ligam tanto assim, a não ser que sejam ligações comerciais, aí quanto maior o volume de negócios entre as partes, mais há telefonemas.

Demóstenes tem muito a explicar (se é que tem jeito), e a TV Globo não fez o básico do jornalismo, que é que buscar minimamente essas explicações, A emissora deu espaço apenas a trechos do discurso do próprio Senador na tribuna, sem perguntas incômodas.

4 Comentários:

edu marcondes disse...

Lembram do caso Eliana Tranchesi. Bandidona, presa e condenada por crimes de formação de quadrilha, contrabando, sonegação e falsificação de documentos. Por ocasião de sua morte foi insistentemente tratada como empresária pela mídia conservadora. Agora, outra operação da PF descobriu possível envolvimento de políticos do DEM (o partido com o maior número de casos de corrupção envolvendo seus militantes. E olha que não é dos maiores partidos) com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, flagrado em corrupção e líder de uma quadrilha operadora de caça-níqueis em cinco estados.
Pois não é que a história se repete. Em vários órgãos da mídia corporativa lá está o bandido classificado pomposamente do empresário.
É o que se pode chamar de solidariedade.

Luiz Antonio disse...

Estão esperando o que desse VASO SANITÁTIO, LIXO, por favor, parem de assistir esses VAGABUNDOS, só assim eles vão sentir no bolso, e vão começar a ver o ódio que brasileiro estão tendo deles.

Milton disse...

300 vezes em sete meses? Isso significa 43 vezes por mês, duas vezes por dia útil. Não consigo imaginar o que tanto conversam um senador do DEM/PSDB e um contraventor.

Antonio Kleber Mathias Netto disse...

A mídia filiada ao PIG contempla a canalhocracia política com o silêncio, quando descobertas falcatruas e ligações perigosas com bandidos.

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