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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
A engenharia financeira de Dilma nos Aeroportos
Se o governo tivesse que captar R$ 32 bilhões emitindo títulos da dívida com vencimento de 20 a 30 anos para financiar aeroportos em várias regiões no Brasil, mantendo 100% da concessão para a Infraero, teria que pagar juros a bancos e investidores privados, que não teriam risco nenhum. Será que seria melhor negócio do que a concessão dos aeroportos por esse mesmo período que levaria para quitar a dívida?
Eu acho que a ausência de bancos nos consórcios que venceram mostra que o negócio foi bom para o governo e ruim para os bancos que prefeririam emprestar o dinheiro ao governo, através de títulos da dívida.
O governo captou R$ 24 bilhões de receita, mais R$ 8 bilhões em investimentos (metade do que terá que será investido na ampliação dos 3 aeroportos), totalizando os mesmos R$ 32 bilhões exemplificados acima. Concedeu apenas metade de 3 aeroportos em mercados já desenvolvidos, para investir R$ 24 bilhões em mercados menos desenvolvidos, a juros zero.
Na conta ainda não estão computados os ganhos do percentual a ser recolhido sobre o faturamento bruto dos aeroportos (de 2 a 10%), nem os lucros que a Infraero continuará recebendo por deter a metade da concessão.
Dilma, em vez de tomar dinheiro emprestado aos bancos para quitar com 20/30 anos, "emprestou" metade dos 3 aeroportos recebendo dinheiro em troca, e receberá os aeroportos "emprestados" de volta daqui a 20/30 anos.
O que Dilma fez é como alguém que é dono de uma loja super-valorizada e aluga muito bem para um sócio a metade da loja, por 20/30 anos, recebendo luvas, aluguéis e lucros, e com esse o dinheiro reinveste em outras lojas, aumentando seu patrimônio e sua rede, em locais com muito potencial para valorizar, mas que precisa de investimentos em benfeitorias.
Ou seja, Dilma "alugou" metade de Cumbica, Viracopos, e JK (Brasília), muito bem por 20/30 anos para um sócio, e usará o dinheiro para investir Brasil a fora, em regiões que tem potencial para se tornar também super-valorizadas nos próximos anos.
O Brasil não é só Sul-Sudeste. O Centro-Oeste e a região Norte tem vazios enormes de aeroportos, e o Nordeste tem um potencial enorme para crescer o movimento aéreo. E mesmo no Sul-Sudeste há muito o que crescer na aviação regional das cidades médias do interior.
20 ou 30 anos é muito tempo na vida de uma pessoa, mas é pouco para um projeto de Nação, que não quer ser rica só em São Paulo e Brasília.
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3 Comentários:
Muito bem Zé Augusto. Faz sentido. Essa engenharia eu defendo. Não a tucana. Ainda tem idiotas, como azenhas, que a chama, ou deixa chamar, de "privataria petista". O bicho não aprende. Deve ser questão de DNA.
repitam este post muitas e muitas vezes e enviem para a pseudo esquerda e a CUT que estão tentando inculcar na cabeça dos desinformados a idéia de que tudo não passa de uma entrega de patrimonio nacional como na privataria tucana. Eu já estou fazendo a minha parte e continuarei enviando a todos os e-mails possíveis.
Lia
Os militontos de plantão, inclusive alguns blogueiros que se dizem progressistas. A pretexto de serem de esquerda, fazem o jogo da oposição e se acham no direito de querer governar o país ao seu modo radical e atrasado. Não concordar é democrático mas desde que não transfira seu apoio ao "inimigo". Nada é pior na política que o chamado fogo amigo e os militontos infelizmente existem e não são poucos. Estar alinhado com as políticas de governo e de partido, é o que se espera de quem tem verdadeiramente um lado só.
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