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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Preconceito religioso contra evangélicos no Estadão

Dois pesos e duas medidas no jornal Estadão.

Quando noticia um evento de massa de uma igreja evangélica, retrata como "estorvo", como "problema de trânsito".

Escolhe para entrevistas só quem se sentiu prejudicado e não dá voz aos membros e fiéis da igreja, que também tem o direito de ir e vir, e também sofreram com o trânsito caótico, e com a falta de apoio da Polícia Militar, que avaliou como “normal” o trânsito naquela área e não mandou reforços para organizar o trânsito na rodovia.


Quando o jornalão retrata outro evento de massa equivalente, porém da igreja católica, dá ênfase diferente e só positiva, mostrando apenas a visão dos fiéis e das autoridades eclesiásticas (o que até está correto, errado é fazer o que fizeram com a Igreja evangélica).


O tratamento diferenciado mostra o quanto existe de preconceito religioso (e até perseguição) no jornalão.

Se fosse um jornalismo isento, ou a manchete de cima seria "Igreja recebe 500 mil na inauguração", ou a manchete de baixo também mostraria os transtornos que grandes multidões provocam na região de Aparecida do Norte.

No Brasil a liberdade religiosa é plena, não existe religião oficial e, portanto, ninguém é obrigado a seguir uma ou outra religião. Por isso religião não é questão política. O cidadão brasileiro segue sua crença por livre escolha ou tradição familiar (que também não deixa de ser uma escolha, a partir da idade adulta), e todos merecem respeito. Ninguém tem o direito de desrespeitar a fé alheia, por mais que discorde. Quem quiser fazer reflexões e diálogos entre religiões que faça, mas com o devido respeito.

Cada um que escolha e viva a sua (ou nenhuma) religião e deixe os outros viverem sua espiritualidade ou materialismo em paz, sem promover cizania como faz o "Estadão". Guerras religiosas não são de nossa natureza, e massacres como o da noite de São Bartolomeu pertencem à barbárie medieval.

Direito de ir e vir é de todos

O jornalão dá ênfase só aos transtornos de quem tinha que pegar vôos no aeroporto de Cumbica. Ora, claro que é lamentável para qualquer pessoa perder um vôo, mas o direito de ir e vir é de todos.

As vias construídas com o dinheiro dos impostos de todos não são exclusivas para os passageiros de avião. Quem quiser ir à Igreja (à qualquer Igreja) tem tanto direito de fazê-lo quanto quem quer viajar de avião.

Se alguém é responsável por não reduzir danos do transtorno no tráfego é o governador Geraldo Alckmnin (`SDB/SP) que não montou um esquema especial de policiamento para conduzir o fluxo de veículos. E também a Privataria Tucana, pois a concessionária CCR Nova Dutra, que cobrou uma fortuna de pedágio dessa multidão, nada fez para melhorar as condições do trânsito.

9 Comentários:

Andre Luis disse...

Sem minimizar a parcialidade tradicional do Estadão (atrasado), ao menos a Radio SulAmerica foi atrás do verdadeiro responsável, ou seja, o Secretário de Transportes de Guarulhos que autorizou o estacionamento dos ônibus sem qualquer planejamento conjunto com a PM ou mesmo a Engenharia de Tráfego do Município.

Luiz A. C. Nalin disse...

Discordo totalmente, em Aparecida existe local para estacionamento, em Guarulhos estacionaram na pista. Todos os prejudicados deveriam entrar com ações contra a prefeitura conivente e contra esta esta "igreja" que só pensa em $$$$$$$$$$$.

Anônimo disse...

Caro Jose Augusto: Pelo que se viu no programa televisivo do Apostolo Valdemiro, o Católico e membro da Opus Dei Governador de São Paulo estava no evento. Pode?

vicente caliman sp

Luiz A. C. Nalin disse...

Quem diria, um blog petista censurando um leitor que desde sempre votou no PT. É por isto que este blog em "0" de comentários.

Luis R disse...

Tô fora. Aqui no meu terreiro, onde quem manda sou eu, só rola batuque, jornalão e religião não me enrolam.

Luiz A. C. Nalin disse...

Este blog tem censura?

Fernando de Barros disse...

O fato em si não é surpresa para quem acompanha de perto o papel da mídia em relação ao segmento evangélico.
Jornais da Organização Globo fizeram o mesmo no Rio quando uma denominação realizou um grande evento no Aterro do Flamengo. Mandaram ver, mas quando o Papa esteve no Brasil, os problemas causados pela sua visita - justa por sinal, foram deixados de lado.
Mas, o bom nisso é ter jornalistas como este autor do blog atento a estes fatos e denunciando o que de verdade ocorre nos bastidores das redações.

Anônimo disse...

Sou jornalista e evangélica. Desde criança sofri preconceito religioso. Primeiro na escola, depois no trabalho... enfim... Infelizmente, ainda hoje, apesar de o Brasil não ter uma religião oficial, existe intolerância religiosa. A mídia apenas reflete um comportamento de muitos brasileiros que pensam que suas crenças são superiores. É só olhar para nossos amigos do Oriente Médio para perceber o que a intolerância faz. Por sorte, estes brasileiros hipócritas só falam. E é graças a isso que podemos ser evangélicos no Brasil e ainda assim termos direito de ir e vir. Foi só um desabafo...

Anônimo disse...

Evangélico é que nem cerveja:

só é bom gelado e encima da mesa

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