Quando a gente acha que o poder judiciário não conseguiria cometer absurdo maior do que sentenciar o extermínio de 1.700 lares no Pinheirinho para entregar à massa falida de Naji Nahas, surge mais esta:
Lembram-se da Pagrisa, uma poderosa empresa agro-pecuária do Pará, com bancada no Senado, que mobilizou uma bancada de senadores (como Kátia Abreu e Jarbas Vasconcelos), para defender as condições de trabalho (escravo) na empresa?
Lembram-se da Pagrisa, uma poderosa empresa agro-pecuária do Pará, com bancada no Senado, que mobilizou uma bancada de senadores (como Kátia Abreu e Jarbas Vasconcelos), para defender as condições de trabalho (escravo) na empresa?
O que queria o Juiz? Que os trabalhadores continuassem escravizados enquanto corria o processo, para servirem de prova viva? E que os fazendeiros não apagassem as provas do crime depois de autuados?
Esse sentença absurda é mais um passo na desmoralização do poder judiciário que vem sendo feita no Brasil.
A absolvição do algoz comprovado equivale à condenação das vítimas. Essa sentença é tão absurda que retira até o direito à indenização dos pobres camponeses.
Para a validação do laudo deve ser observada a qualidade técnica e o cumprimento das normas legais, o que está presente no caso, “já que o relatório foi elaborado por profissionais do Ministério do Trabalho, qualificados para auferir as condições de trabalho e salubridade do ambiente de trabalho”, diz o recurso assinado pela procuradora da República Maria Clara Barros Noleto.
“Os próprios representantes da Pagrisa confirmaram os fatos, mas sempre se referindo como fatos isolados, e que já estavam tomando as providências necessárias para sanar as irregularidades. Tanto é que, após a fiscalização, várias comissões se dirigiram à fazenda e não mais encontraram a nefasta situação relatada nos autos. Os réus correram contra o tempo para apagar os vestígios dos seus crimes, tentando com isso enganar à sociedade. Mas o que deve ser levado em consideração é a contemporaneidade dos fatos delitivos, e não sua posterior modificação, com a suposta adequação aos regramentos legais”, acrescenta a apelação do MPF.
O MPF pede a revisão da sentença e a posterior condenação dos réus pelos crimes de redução à condição análoga à de escravo (artigo 149 do Código Penal) e de frustração de direito trabalhista (artigo 203). (Com informações do MPF)
3 Comentários:
tem que prender este Juiz ou escraviza-lo junto a esta empresa, o ver a conta bancaria dele ou de seus familiares e proximos. Dr Eliana Calmon pegue este bandido de toga????
Zé Augusto, quando tomo conhecimento no seu blog o quanto a direita brasileira infiltrou de criminosos na Justiça, nos Tribunais de Conta e em Instituições que não deveriam nunca ser corrompidas, a revolta é grande. Ver ladrões ganharem recompensas financeiras e terem seus crimes praticamente perdoados pelo sistema vulnerável e esquecidos pela imprensa corrupta é desesperador. Mas hoje em dia há a Internet para registrar isso tudo, e você contribui para o futuro ser melhor, Zé Augusto, pois as pessoas poderão investigar no ciberespaço quem comete crime. Cada post seu é muito importante para nosso futuro, José Augusto. Agradeço-lhe muitíssimo e devemos continuar com esse trabalho.
Tá TUDO "dominado"!!!
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