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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Requião é condenado por caluniar Paulo Bernardo


A juíza da 3ª Vara Cível de Curitiba, Adriana de Lourdes Simette, condenou o senador Roberto Requião (PMDB/PR) a pagar indenização de R$ 40 mil, por danos morais, ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT/PR).

Em 2010, o então governador do Paraná acusou Bernardo (na época era ministro do Planejamento no governo Lula), de ter proposto, em 2007, superfaturamento de uma obra ferroviária, saltando o valor de R$ 150 milhões para R$ 550 milhões.

A mentira de Requião teve pernas curtas, pois ele mesmo, como governador, assinou um documento no próprio ano de 2007, encaminhado ao Governo Federal, solicitando o valor de R$ 550 milhões para a mesma obra. O que provou que a estorinha dos R$ 150 milhões era pura invenção.

Em sua sentença, a juíza passou um verdadeiro sermão no atual senador:

"Não se pode admitir que estas pessoas públicas ajam de forma desconectada da realidade, criem factoides, lancem dúvidas, sem que antes haja um mínimo de fundamento fático para tal...

... Assim, se o próprio governo estadual divulgava valores de R$ 550 mil para a obra, relativo ao ano de 2007, o discurso de existência de superfaturamento por proposição semelhante que teria sido apresentada pelo autor perde totalmente qualquer lastro...

... [Se fosse verdade] Deveria ter sido levado ao conhecimento dos órgãos de controle em 2007 e não apenas propagandeada às vésperas da definição do quadro de concorrentes para o Senado dentro do Estado do Paraná...

... O que se leva em conta é o requerido ter usado tal fato como argumento político para atacar a idoneidade pública do autor e, por consequência, afetar politicamente aquele ou algum membro de sua família".

Requião espalhou a falsa denúncia em reunião transmitida ao vivo pela Televisão Educativa, e continuou atacando Bernardo em redes sociais. A mulher de Bernardo, atual ministra Gleisi Hoffmann, despontava como forte candidata ao Senado em 2010, mesmo cargo pretendido por Requião e o factóide foi visto como tentativa de enfraquecê-la.

Depois, Requião acabou aceitando a coligação em conjunto com PT e PDT, e Gleisi foi eleita como a mais votada no estado. Requião ficou a segunda vaga, em eleição apertada com o terceiro colocado.

Além dessa indenização civil, Requião responde a ação criminal. Ele deve depor no dia 18 no Supremo Tribunal Federal (STF). (Com informações da Agência Estado)

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