Deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo acusam a direção da TV legislativa da Casa de tê-los usado como "laranjas" para desviar recursos de um contrato firmado com a Fundação Padre Anchieta(TV Cultura), em 2009.
A Casa pagou à entidade R$ 4,4 milhões pela produção e exibição de mais de 2.000 boletins informativos sobre as atividades parlamentares na TV Assembleia. Mas os deputados negam terem feito as gravações.
A disputa teve início esta semana, quando o jornal "O Estado de S. Paulo" publicou reportagem com acusações do deputado Major Olímpio (PDT-SP) sobre as supostas irregularidades. Depois disso, outros parlamentares, de diversos partidos, incluindo PT e PSDB, passaram a cobrar explicações.
"Os deputados foram usados como laranjas! Já ouvimos o contrário, parlamentares usando laranjas, mas essa? A fundação diz que gravei oito inserções. Nunca fiz nenhuma", afirmou o deputado Pedro Tobias, presidente estadual do PSDB.
Major Olímpio, que deflagrou a investigação, irá apresentar uma queixa-crime à Procuradoria-Geral do Estado. "Usaram o mandato dos deputados para desviar dinheiro. Quero saber quando, onde e como foram gravadas essas inserções", disse.
A queixa-crime será assinada por outros deputados, entre eles Pedro Tobias, que orientou toda a bancada do PSDB a assinar o documento.
A TV Cultura é uma empresa pública do governo tucano de São Paulo que deixou de prestar serviços à Assembleia em fevereiro deste ano.
A fundação afirma que todos os deputados foram comunicados sobre a possibilidade de gravar as inserções e que, até o término do contrato, foram veiculados 2.350 boletins na TV Assembleia
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