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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Brasil-Moçambique: desenvolvimento agrário da savana saindo do papel

Técnicos brasileiros e japoneses reúnem-se esta semana em Brasília para acertar os últimos detalhes do projeto Pró-Savana, que visa desenvolver o potencial agrícola da savana moçambicana.

A previsão é de que os primeiros estudos no terreno comecem no segundo semestre deste ano, quando profissionais da Embrapa irão recolher mostras do solo moçambicano para análises.

A Embrapa inaugurou o seu primeiro escritório em África em 2006, na cidade de Acra, em Gana, e atualmente desenvolve parcerias parecidas no Senegal e no Mali.

O Pró-Savana faz parte de acordos de cooperação assinados entre o Brasil e Moçambique ao longo do governo Lula, contando com o financiamento japonês. O governo Dilma dá continuidade à política de apoio ao desenvolvimento econômico africano e ao combate à fome e à pobreza.

Antônio Prado, responsável pela secretaria internacional da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola), explicou:

"É um projeto bastante amplo que implica um programa integrado de desenvolvimento da área de savana nos mesmos moldes do que foi realizado no cerrado brasileiro...

... A parceria com o Japão surgiu primeiro com a Embrapa, foram eles que financiaram, na época, o Prodecer (programa para desenvolvimento do cerrado, que tornou o Brasil um dos maiores produtores de soja do mundo)...

... o Brasil não manda dinheiro para o pessoal usar, mandamos nossos técnicos, nossa gente, nossos recursos humanos para fazer uma base conjunta...

... O que vamos fazer lá não é exatamente a mesma coisa que fizemos aqui. Inclusive já foram avaliadas algumas faixas de terra da savana de Moçambique que se mostraram mais férteis do que as que tínhamos no cerrado...

... Nosso parceiro direto em Moçambique é o Ministério de Agricultura e nossa ajuda está relacionada também aos programas de Segurança Alimentar. Os projetos pretendem sempre dar resposta a essas demandas, que estão dentro da cooperação sul-sul..."

No caso de Moçambique, segundo o especialista, as pesquisas não estão centradas num cultivo específico, como da soja. Os primeiros testes deverão ser realizados com espécies que fazem parte da dieta básica dos moçambicanos, como milho, feijão e arroz.

O governo brasileiro tem projetos para estender este trabalho em países da América Latina, também. (com informações da Lusa)

1 Comentários:

Anônimo disse...

Enquanto isso, aqui na nossa terrinha:
http://www.rodrigovianna.com.br/colunas/em-campo/terras-estao-mais-concentradas-e-improdutivas-no-brasil.html

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