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sábado, 23 de abril de 2011

Choque de gestão tucano: Metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo

O metrô de São Paulo é o mais lotado do mundo. Diariamente, 3,7 milhões de pessoas circulam pelos 70,6 quilômetros de extensão da malha metroviária.

Em 2008, quando foi considerado pela CoMet – um comitê que reúne os maiores metrôs do mundo – o mais lotado do mundo, São Paulo transportava 10 milhões de passageiros a cada quilômetro de linha. No ano passado, segundo a própria companhia, esse número passou para 11,5 milhões.

“Há uma estimativa mundial de que a cada 2 milhões de pessoas, deveríamos ter 10 quilômetros de metrô no centro urbano, ou seja, com seus 20 milhões de pessoas [vivendo] na região metropolitana, o metrô de São Paulo deveria ter 200 quilômetros”, disse Ciro Moraes dos Santos, diretor de Comunicação e Imprensa do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e operador de trem.

Igual lata de sardinha

Segundo ele, o nível de conforto dentro do trem pela média mundial deveria ser de seis usuários por metro quadrado. Mas, nos horários de pico em São Paulo, Santos afirma que esse número algumas vezes chega a atingir 11 usuários por metro quadrado.

“O que temos observado nos últimos tempos é a queda do conforto [no metrô] por conta do aumento brutal da demanda a partir de 2005, decorrente do bilhete único e das integrações gratuitas com a CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos]”, disse José Geraldo Baião, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô (Aeamesp).

O professor de ferrovias da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Telmo Giolito Porto, diz o óbvio, em defesa dos tucanos: “O metrô é um pouco vítima de sua própria qualidade. O passageiro do metrô quer frequência e velocidade no trajeto total. O metrô de São Paulo tem essas características: é um sistema rápido, tem uma frequência bastante intensa, é seguro e limpo.”

Ora, o que o professor diz é que o metrô é transporte de massa, e é usado como pela população como em qualquer grande metrópole do mundo.

O metrô funcionar rápido, "seguro" e limpo não faz mais do que a obrigação, com a tarifa que cobra. O professor "especialista" perdeu a chance de dizer outra coisa óbvia: que está subdimensionado para a necessidade, e que o governo tucano há décadas no poder, não investiu o suficiente.

Metrô do México não aparece no escândalo da Alstom, e tem rede bem maior

A comparação mais frequente para demonstrar o atraso em investimentos no metrô paulista é feita em relação ao metrô da Cidade do México, que começou a ser construído praticamente ao mesmo tempo que o metrô de São Paulo, na década de 70, mas hoje com uma extensão de linhas bem superior.

Os especialistas tucanos, como sempre, colocam a culpa no governo federal. Porém é o BNDES federal quem financia boa parte do Metrô paulistano.

Os tucanos fariam melhor se devolvessem aos cofres públicos, para ampliar o metrô, as propinas recebidas em contas na Suíça, segundo consta nos autos dos processos do escândalo da ALSTOM.

2 Comentários:

ProfeGélson disse...

Será que essa notícia vai sair na Folha ou na Veja???

Edson Júnior (Aracaju / SE) disse...

Sempre que a tucanada fala em choque de alguma coisa a população fica chocada,em estado de choque. Para ficar dentro do tema, o caso Alstom é emblemático.

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