O professor de matemática de uma escola estadual de Santos (SP) está sendo acusado de "apologia ao crime" por passar aos alunos do primeiro ano do Ensino Médio seis problemas que citam temas como tráfico de entorpecentes, prostituição, roubo de veículos, assassinato e uso de armas de fogo. Nas questões, o professor pergunta, por exemplo, qual a quantidade de pó de giz que um traficante deverá misturar para ganhar 20% na venda de 200 gramas de heroína ou quantos clientes cada prostituta deverá atender para que o cafetão compre uma dose diária de crack.
O caso - que foi manchete da edição de ontem do jornal "A Tribuna" de Santos - foi denunciado à polícia na última quarta-feira pelos pais de uma aluna de 14 anos da Escola Estadual João Octávio dos Santos, no morro do São Bento, periferia da cidade. Na última segunda-feira, a adolescente comentou com a mãe que não havia conseguido responder um exercício com seis questões aplicado em sala de aula pelo seu professor de matemática Lívio. Ao ver as questões no caderno da filha, a mãe se surpreendeu com o conteúdo do texto e decidiu procurar a diretoria da escola.
Na escola, de acordo com o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Santos, o professor foi chamado à sala da diretora, que também estava surpresa com o conteúdo dos exercícios e confirmou que havia aplicado tais questões, escrevendo-as na lousa, mas sem esclarecer sobre os motivos que o levaram a formular o exercício. O professor teria dito ao padrasto da vítima que como a jovem não havia respondido as questões em sala de aula como fora orientada não era mais necessário respondê-las.
De acordo com o delegado titular da DISE, Francisco Garrido Fernandes, que instaurou inquérito para apurar a ocorrência, o professor e a diretora da escola já foram intimados e deverão prestar depoimento na próxima segunda-feira. Caso seja condenado por "apologia ao crime", o professor poderá receber punição de três a seis meses de detenção. "É um delito de menor potencial ofensivo e se o juiz condenar pode aplicar pena de prestação de serviços", explicou ele, respondendo que não tem conhecimento da existência de bandidos na cidade com os apelidos de "Zaróio", "Biroka", "Jamanta", "Rojão", "Chaveta" e "Pipôco", que foram utilizados como personagens nas questões.No Estadão
12 Comentários:
Apologia seria apresentar criems como se fossem algo positivo. O professor pode ter feito uma escolha "risqué" de exemplos, mas ver nisso apologia de crime é demais.
Infelizmente hoje professores são abusados não apenas pelos alunos mas também pelos pais, que tem por eles menos respeito que para faxineiros e lixeiros. Esse caso parece ser apenas mais um exemplo.
Eu já vi esses exercícios numa "prova" há uns 3 meses atrás, quando alguém me mostrou e que tinha recebido por email.
Entendi como uma brincadeira de alguém criativo, só isso.
Não sei qual era realmente a intenção do professor, mas acredito que ele resolveu aplicar os exercícios como uma brincadeira e, infelizmente, foi ingênuo de achar que os alunos e seus pais fossem pensar da mesma forma.
Coitado desse "professor" não? Tão criativo né? Ele precisa chamar a atenção dos meninos(as), para aprenderem mais. Assim, proporcione aulas "praticas". Leva, pra sala de aula, uma AK-47, um FAL. Mostre, na prática, como se mata outra pessoa. Por que não? Leva a MACONHA lá prá dentro, pros alunos(as) ficarem "numa naice". Ah bom, ela(MACONHA) já tá la dentro mesmo né? Esse é o curriculo escolar da direita. Eita estado de são paulo FALIDO sob todos os aspectos. Aqui o crime EXPLODIU e só faz piorar todos os dias. Diretamente proporcional com a diminuição do crime no Rio de Janeiro. Inacreditável. Não dá não.
Já vi esta "prova" .Circulou largamente pela internet, como e-mail.
A Diretora não tem condições de monitorar tudo o que os professores colocam nas salas de aula, só se ela fosse onipresente...
Quanto ao professor, revela-se um verdadeiro "mala", arrastando ainda mais para o pantanal escabroso a educação falida paulista, fruto do PSDB.
Primeiro Problema:
Maria comprou uma dúzia de laranjas com 2 reais, quantas dúzias compraria com 4 reais?
Segundo Problema:
Maria furtou uma dúzia de laranjas quando o feirante se descuidou por 2 minutos, quantas dúzias teria furtado se o feirante se descuidasse por 4 minutos?
Se banalizarmos o crime, no futuro, nossos pequenos estarão nos perguntando quantas balas serão necessárias para assassinarmos alguém.
E ainda aparece gente aqui para defender tal professor. Lamentável. Com o desgoverno do psdb nasceu em sp o crime organizado (pcc). O que se pode esperar deste (des)governo na área da educação?
quais os valores dele? quais os da média dos alunos? Quanto a parte das drogas exemplicadas, o mestre tem salvaçao: que aprenda holandes e vá lecionar em Amsterdam. Vai sentir-se em casa.
Será uma especie de atração mórbida por Tânatos, a morte.
É democracia:a especulaçao é livre.
Estão querendo 'bode-expiatorar' o incauto professor, o qual usou temas conhecidos dos anjinhos, a não ser um ou outro que não tenha acesso à tv.
Falar sobre o crime não é fazer apologia dele.
O professor tem merda na cachola. Merece ser exonerado.
Essa "piada" apareceu na internet, eu também recebi, e era dirigida ao Corinthians, onde os filhos de corintianos seriam os alunos.
É de mau gosto, mas deveria ficar mantida dentro do ambiente futebolistico, e não ir parar numa sala de aula.
Eta professor burro!...
Associação com o tráfico pode, exercícios em escola não.
Ah quer saber? se o próprio governador apareceu na época da campanha defendendo o mega traficante Ney Santos a deputado, esta atitude do professor não me impressiona.
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