Pages

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Agora milionário, ex-morador de rua comanda Legislativo


Ex-morador de rua, o deputado estadual Paulo Melo (PMDB) vai comandar pela primeira vez a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com o apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB). Melo foi eleito com 121 mil votos, para seu sexto mandato.A ascensão do deputado chamou a atenção do Ministério Público. Promotores investigaram por três anos o crescimento de seu patrimônio. Atualmente seus bens somam R$ 3,4 milhões, incluindo 12 terrenos, dois prédios comerciais e apartamentos em Saquarema, na região dos Lagos, sua cidade natal.

O inquérito foi arquivado por falta de provas. Segundo ele, sua fortuna foi construída com um escritório de despachantes do Detran -"Cheguei a ter mais de 50 funcionários"- e empreendimentos imobiliários.

Filho de um pedreiro e uma parteira, Melo vendia cocada feita pela mãe e pedia esmolas a turistas para ajudar a família, na infância.

Aos 11, fugiu para a capital, dormiu na rua e fez bicos. Ele diz ter pernoitado na escadaria do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia. Acabou recolhido a um abrigo.
Melo se estabeleceu ao trabalhar numa concessionária de carros. Depois, passou a despachante do Detran.

Os contatos empresariais e o trabalho social que iniciava com crianças de rua o levaram à política. Em 1988, foi eleito vereador de Saquarema. Em 1990, deputado estadual pela primeira vez.

Em Saquarema, manteve por anos um centro social, que foi alvo da procuradoria.O deputado foi acusado de improbidade administrativa por manter convênio de R$ 400 mil com a prefeitura quando a mulher dele, Franciane, era a vice-prefeita. O processo foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça.

Ao presidir a CPI do Propinoduto, na qual indiciou cinco fiscais de renda do Estado, foi acusado de poupar Anthony Garotinho."Conduzi no processo jurídico. Não perdoei ninguém. Seria teatro chamá-lo", diz.Informações Folha

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração