Em um espaço de apenas quinze dias, dois novos supercomputadores começaram a funcionar no país: um no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outro na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Cenap) da Unicamp estreou ontem seu novo supercomputador. O equipamento custou US$ 1,35 milhão e foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Com capacidade de 42 teraflops - capaz de fazer 42 trilhões de cálculos por segundo - o equipamento é 25 vezes mais potente que o primeiro, adquirido em 2004. O supercomputador dispõe de 1.280 núcleos de processadores e seis unidades de processamento gráfico.
De acordo com o coordenador do Cenapad, Edison Zacarias da Silva, o primeiro supercomputador permitiu, em seis anos, a realização de 400 projetos de pesquisa nas áreas de química, física, engenharia e biologia. "Já existem 120 projetos de pesquisa em andamento e 271 usuários na lista de espera aguardando para estrear o supercomputador", afirma.
Na semana passada, o Inpe também inaugurou seu segundo supercomputador, o Tupã, adquirido por R$ 50 milhões, com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O equipamento é capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo e, por seu desempenho, foi incluído pela organização americana Top 500 no ranking dos 500 supercomputadores mais potentes do mundo, que é atualizado semestralmente.
Na edição de novembro de 2010 do ranking, o Tupã ocupava a 29ª posição na lista. Também foi incluído no ranking, em 116º lugar, o supercomputador do Núcleo de Computação de Alto Desempenho (Nacad) da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).
Com 7.200 processadores, o equipamento tem capacidade total de 64,63 teraflops e custou R$ 9,5 milhões, financiados pelo Fundo de Participação Especial da Petrobras/ANP. Ele faz parte da Rede Galileu, da Petrobras, que possui cinco máquinas distribuídas em universidades e interligadas, totalizando uma capacidade de 160 teraflops.
De acordo com o levantamento da Top 500, Estados Unidos e China são os países com maior número de supercomputadores robustos, com 274 e 41 unidades, respectivamente. Entre os BRIC, o Brasil é o último, com dois exemplares. A Rússia aparece com 11 equipamentos e a Índia, quatro.
O primeiro supercomputador foi instalado no Brasil em 1994, pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), vinculado ao Inpe. Ele tinha uma capacidade de processamento de 3,2 gigaflops (3,2 bilhões de cálculos por segundo). Embora fosse muito inferior ao que é considerado "super" nos dias atuais, a máquina foi incluída no ranking de supercomputadores da época. No Brasil, a USP também opera, desde o ano 2000, um supercomputador de 3,6 teraflops. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) tem um equipamento de 33,3 teraflops, instalado em 2009.
No Brasil, a única empresa com um supercomputador listada pelo Top 500 é a Petrobras. No mundo, 56% desses equipamentos estão nas mãos de companhias, seguidas de institutos de pesquisa (22%) e universidades (16%).Valor
2 Comentários:
É muito ruim, helena! porque antes que voce diga "flop" ele ja calculou :
>
>quantas poses estudadas para o fotografo e cinegrafista o Neimar treinou ontem, hoje e no cafe da manha;
>quantas vezes neste ano a Sarah Palin vai dizer: ' terrorist threat'
>e com quantos sobrecenhos franzidos e quantas vezes neste mes a Miriam dirá: 'crise', 'assustador' e
'dever de casa.
>quantos miligramas o ronaldo este ano tem probabilidade de banhar por hora, minuto e nanosegundo.
É complicado.
desculpe, 'leia-se '' ganhar por hora.." onde se lê ' banhar', isso foi um processo inconsciente que freud certa vez tentou explicar.
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