José Serra assinou carta em 1990 afirmando que seu partido não venderia o Banespa, hoje controlado pelos espanhóis do Santander.
A promessa, feita durante campanha a deputado federal, junto à outros políticos do PSDB na época.
No texto, Serra dizia:
“Para o PSDB, o Banespa deve prosseguir em sua missão de agente oficial do desenvolvimento. Com força total (…) Os candidatos do PSDB opõem-se a qualquer investida sobre o Banespa movida por interesses alheios a esse desafio. Na nossa administração, o Banespa que permanecerá como o banco público do Estado de São Paulo, ganhará novo impulso, podendo competir em pé de igualdade na área comercial e voltando ao pleno exercício de suas funções sociais.”
A carta indicava ainda que o PSDB valorizaria os funcionários do banco e terminava com a mensagem “Seja tucano de corpo e alma no nosso Banespa.”
Àquela ocasião, o PSDB perdeu a eleição para governador. Em 1994 os tucanos ganharam as eleições para o governo federal e no estado de São Paulo, e se reelegeram em 1998.
José Serra foi ministro do Planejamento, e fez um amplo programa de privatização federal e pressionou os estados para fazer o mesmo. No governo de São Paulo foi montado o Programa Estadual de Desestatização (PED), que consistiu na venda das empresas públicas paulistas. Em 2000, o Banespa foi vendido pelos governos federal e estadual do PSDB.
Os tucanos consideraram a venda de R$ 7 bilhões, como um "marco". Para se ter uma ideia, em 2009, em meio à crise financeira internacional, o Santander (banco espanhol que que comprou o Banespa) obteve lucro líquido de R$ 5,508 bilhões em suas operações no Brasil. A arrecadação foi de R$ 13,2 bilhões.
Não por acaso, no governo de FHC e Serra, o Brasil havia caído do 8º para a 13º PIB Mundial, sendo ultrapassado pela Espanha. No governo Lula o Brasil voltou a ser o 8º PIB do mundo, ultrapassando a Espanha e outros países, e caminha para ser a 5ª economia mundial.
Documento revelado pelo nosso blog (aqui) mostra que já havia estudo para venda do BB e da Caixa Econômica Federal. Além disso, a ideia era deixar de lado o BNDES como banco de fomento. (Com informações da Rede Brasil Atual).
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2 Comentários:
...tem de haver investigações de todas pendências até das Privatizações...
Neste Período do Governo das Privatizações, enquanto vendiam a preço baixo o Patrimônio da Nação, aumentavam a dívida interna e externa.
Igual ao Acordo que o Diretor Paulo Preto, das Obras do Rodoanel que permitiu o uso de material inferior, ao mesmo tempo em que aumentava em mais de 264 Milhões o custo da obra.
Temos de Inaugurar uma época de mais atenção com o Bem Público.
Estes casos tem de serem investigado para o Bem da Democracia e da consciência Social no Brasil.
Não Pode Mais, meia Dúzia de Políticos decidirem o destino da Justiça porque como vemos ela foi abafada.
Ficou tudo pendente e agora tem de ser apurado mesmo com o Tempo passado.
Todo Passado tem de ser explicado e feita Justiça.
Tem de a verdade vir a tona e a Justiça ser feita.
Nos Novos Tempos a Justiça tem de ser Feita e temos de ver a Evolução do Judiciário junto com o Novo Brasil saindo das Urnas.
O Brasil tem mudado muito, temos de ver a Justiça também mudar.
Os mansos serão saciados.
Abração Amigo para todos.
Nós que fomos empregados do Banco Nossa Caixa sabemos que ele também prometeu a nós, em campanha, que não venderia o banco caso fosse eleito governador de SP. Mas mesmo que fosse feito um documento em cartório registrando o compromisso, ele não seria cumprido.
O mais triste é ver que SP se desfez do último banco público que tinha com o argumento de que precisava de caixa para o Rodoanel e as outras obras de construção civil do estado, agora sob acusações de toda ordem por conta do tal do Paulo Preto.
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