Pages

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Bancada do PSDB na Câmara tem redução de 46% desde reeleição de FHC

Desde a reeleição presidencial de Fernando Henrique Cardoso, em 1998, o número de deputados federais eleitos pelo PSDB caiu 46,46% e foi de 99 parlamentares para 53 nesta eleição. Em comparação ao resultado de 2006, a bancada tucana perdeu representantes em quatro das cinco regiões brasileiras. A exceção foi a Norte, que passou de seis para sete deputados eleitos.

A redução mais acentuada no número de deputados eleitos se deu no Nordeste. Os tucanos passaram de 18 , em 2006, para 11, nesta eleição. A maior queda se deu no Ceará, onde há quatro anos o partido elegeu cinco deputados e agora, apenas um. Foi lá que o maior cacique do partido no Estado, Tasso Jereissati, colheu derrota na disputa pelo Senado.

Em contraposição, o PSDB ganhou um deputado federal em Alagoas. Há quatro anos, não conseguiu eleger nenhum no Estado.

Na Bahia, maior colégio eleitoral da região, os tucanos mantiveram dois representantes e um deles é novo: o ex-governador Antonio Imbassahy, filiado ao PSDB desde 2005, quando rompeu com o carlismo.

No Sudeste, onde o partido tinha mais parlamentares, a bancada caiu de 29 para 24 deputados federais. Em São Paulo, berço político do PSDB e Estado em que o partido caminha para o seu quinto mandato consecutivo no governo paulista, o número de deputados caiu de 18 para 13, em quatro anos. Na região, a exceção foi Minas Gerais, que ganhou mais um deputado e passou de sete para oito. Sob influência do ex-governador Aécio Neves, o PSDB mineiro se reforçou com a reeleição do governador Antonio Anastasia e a eleição para o Senado de Aécio e do ex-presidente Itamar Franco (PPS), da mesma coligação dos tucanos.

É da bancada mineira o candidato do partido mais votado, Rodrigo de Castro, com 271.306 votos.

Dirigente nacional do PSDB, é ligado a Aécio e integrou a equipe dele no governo estadual.

Santa Catarina foi a exceção do Sul. No Estado em que a oposição elegeu Raimundo Colombo (DEM) para o governo local, os tucanos ganharam mais um deputado. Nos outros dois Estados, o partido perdeu representantes para a Câmara.

Na análise do ex-presidente do PSDB senador Eduardo Azeredo, ticulou-se junto ao candidato do PSDB ao governo estadual, Tião Bocalom, para reforçar a oposição no Estado.O PSDB não conseguiu eleger representantes na Câmara em seis Estados: Amazonas, Distrito Federal, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe.A redução do número de deputados tucanos na Câmara pode dificultar a construção de uma maioria da oposição na próxima legislatura, considera Eduardo Azeredo.

Esta eleição trouxe à bancada tucana uma renovação de quase metade de seus quadros na Câmara dos Deputados. A taxa de renovação, de 47% , é superior à média da Casa, de 44,25%. Da nova bancada, boa parte tem perfil administrativo, com passagens por governos municipal, estadual, com cargos no Legislativo e na máquina partidária. Entre os deputados que assumirão em 2011 há três ex-presidentes do PSDB: além de Azeredo, estão o senador Sérgio Guerra (PE), novato na Câmara, e José Anibal, que se reelegeu.

Azeredo elegeu-se neste ano para a Câmara, depois de acordo com Aécio. Sem espaço para disputar o Senado, com Aécio e Itamar Franco, o ex-governador optou pela Câmara.

Também sem espaço político para reeleger-se por Pernambuco, Guerra optou pela Câmara para não ficar sem mandato político.Valor

1 Comentários:

Geraldo disse...

Não diria que se trata de uma extirpação, mas no mínimo uma metástase política...

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração