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quarta-feira, 30 de junho de 2010

José Serra desiste do vice Alvaro Dias

Em reunião na casa do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), os tucanos resolveram desistir de colocar o senador tucano Alvaro Dias (PR) como vice do candidato do PSDB à presidência, José Serra. Na madrugada desta quarta-feira, tucanos e democratas foram avisados por telefone pelo senador Osmar Dias (PDT) de que ele concorreria ao governo do Paraná, o que, segundo uma liderança peessedebista, inviabilizou a defesa do nome de Alvaro para ocupar o posto.

O presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foram de Brasília a São Paulo para definir com Serra quem será o vice. A solução deve ser apresentada até esta quarta (30), data da convenção do Democratas, que deve ser estendida até que encontrem uma solução consensual entre os aliados.

O DEM voltou a defender o nome da ex-vice-governadora do Pará Valéria Pires para ocupar o posto. Entre os tucanos, fala-se novamente na senadora Marisa Serrano e no deputado Gustavo Fruet.

Com Alvaro Dias como vice, o PSDB alcançaria seu objetivo de formar uma chapa puro-sangue. Enquanto o PSDB se reunia na casa de Guerra, líderes do DEM se reuniam na casa do senador Heráclito Fortes. Segundo tucanos, a tendência do DEM era de aceitar o nome de Alvaro Dias. No entanto, desistiram após a ligação de Osmar, explicando que o presidente de sua sigla e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o convenceu a disputar o palácio paranaense.

Mais cedo, Maia já adiantara que "fatos novos podem colaborar com uma solução", em referência à candidatura de Osmar. Os próprios tucanos afirmam ser insustentável defender o nome de Alvaro, tendo em vista que o seu irmão não cumpriu com o acordo. O PSDB propôs a vice para Alvaro com o objetivo de atrair seu irmão para a vaga de senador na chapa de seu candidato ao governo do Paraná, o ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa.

Após reunião da cúpula do DEM na casa do senador Heráclito Fortes, o presidente da sigla disse: "Queremos mostrar aos nossos aliados que foi cometido um erro e que esse erro precisa ser resolvido para que o partido entre com força total na campanha. Um partido que tem 56 deputados, 14 senadores e 4 candidatos ao governo com muitas chances de vitória precisa estar motivado".

Os partidos passaram dois dias consecutivos fazendo longas reuniões, que contaram inclusive com a presença de Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os partidos retomaram o diálogo e, segundo o senador Agripino Maia, voltaram à estaca zero.

A crise entre DEM e PSDB foi desencadeada pelo anúncio de que Alvaro Dias era o nome indicado pela cúpula tucana para ser vice de Serra. O DEM se sentia no direito de ficar com a vaga e não gostou de ter recebido a notícia pelo Twitter de Roberto Jefferson, presidente do PTB, que, na última sexta-feira (25), fez uma série de ofensas ao ex-PFL na sua página do microblog, depois de iniciada a reação dos democratas.

3 Comentários:

X-MAN disse...

Nossa!! e depois os jornalistas de aluguel nos tentam convencer que ele é o mais preparado; um "economista e engenheiro" que não sabe fazer conta de primeario e um cidadão que foi "eleito o melhor ministro da saude do mundo" (só não se sabe por quem) dizer a bobagem que a gripe suina se pegaria por causa do nariz dos porquinhos já se auto-desmoralizou. O problema é virem pesquisas estranhas por aí pra segurarem o barco que está afundando; estamos de olho!!!!!

Unknown disse...

Quem tem Roberto Jeferson como amigo, não precisa de inimigo! tá muito bem servido!

Morais disse...

Mais uma furada da equipe de campanha do Serra, pois se tava difícil de escolher um vice, esta escolha devia ter sido feita em consenso com todos os partidos alidos dele, porém esta escolha feita de forma individual pelo Psdb e informado de forma desastrosa ao Dem, abalou os alicerces da campanha do Serra que já não estava bem.
Acho que depois deste episódio do vice que não ficou vice, a aliança Psdb/Dem vai para a campanha bem abalada.

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