Plano Safra 2010/2011 inova: crescimento de 7,4% com criação de programa ecológico e amparo ao médio produtor

O presidente Lula lançará na tarde desta segunda-feira o plano safra 2010-2011, o último em seu governo.

Maior financiamento da história

Os produtores rurais brasileiros terão R$ 116 bilhões para financiar a safra 2010/2011. O valor é 7,4% maior do que o disponibilizado no ciclo passado.

A chamada agricultura comercial terá R$ 100 bilhões disponíveis (teve R$ 93 bilhões na safra passada), enquanto a familiar terá R$ 16 bilhões (teve R$ 15 bilhões na última safra).

O médio produtor recebeu tratamento diferenciado do grande produtor, por meio da criação Pronamp [Programa Nacional de Amparo ao Médio Produtor].

O pequeno produtor já conta com o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar], programa que conta com as condições mais favoráveis de financiamento.

Produção ecológica

O plano traz inovações aplicando R$ 3,150 bilhões para estimular a sustentabilidade, por meio de práticas agronômicas que preservem o meio ambiente e aumentem a produtividade.

O destaque é a criação do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), destinado a financiar práticas na lavoura que reduzam a emissão dos gases de efeito estufa, como o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta. Serão R$ 2 bilhões destinados a esse tipo de financiamento.

Há mais R$ 1 bilhão em créditos, pelo Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa), e R$ 150 milhões, pelo Plantio Comercial de Recuperação de Florestas.

Os produtores que optarem por adotar sistemas de plantio direto na palha (que protege o solo, evitando o processo erosivo) poderão ter, ainda, R$ 2 bilhões em financiamentos de custeio – valor que corresponde a um acréscimo de 15% sobre a estimativa de R$ 15 bilhões para esse tipo de plantio. (Com informações da Agência Brasil)