"A maior parte das pessoas perdeu casa e móveis nas enchentes. Outra parte teve a casa demolida pela prefeitura para construção do Parque Várzeas do Tietê", descreve Zélia Andrade, uma das coordenadoras do movimento.
A reintegração de posse foi solicitada judicialmente por um dos donos do terreno e concedida por juiz da Vara Civel de São Miguel Paulista, informou André de Araújo, advogado dos moradores, em entrevista à Rede Brasil Atual.
No início da manhã, as famílias foram retiradas do local com apoio da Polícia Militar. "Tivemos 30 minutos para retirar nossos pertences e sair", explica Zélia. "Eram seis e meia, e mais de 40 crianças já não tinham para onde ir", condena.Leia a notícia completa aqui
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OBAMA DISSE EM CARTA A LULA QUE ACORDO DO IRÃ CRIARIA CONFIANÇA
sexta-feira, 21 de maio - 15:49 BRT
Por Natuza Nery- Agência Reuters
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou em uma carta ao seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que o acerto de troca de combustível nuclear com o Irã criaria "confiança" no mundo, segundo trechos do documento obtidos pela Reuters nesta sexta-feira e enviado há 15 dias, antes do acordo de Teerã.
O Brasil, que mediou com a Turquia o acordo com o Irã, alega que a carta de Obama inspirou a maioria dos pontos da Declaração de Teerã, por meio da qual a "República Islâmica do Irã concorda em depositar 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido" na Turquia. Em troca, o país receberia 120 quilos de combustível para um reator de pesquisas médicas localizado na capital iraniana.
A Reuters teve acesso a trechos da correspondência--enviada a Lula há cerca de duas semanas--e comparou alguns de seus pontos com o acordo assinado na última segunda-feira.
Nela, Obama retoma os termos do acordo que o Grupo de Viena havia proposto no ano passado, cujos principais elementos constam no acerto entre Brasil, Turquia e Irã.
"Do nosso ponto de vista, uma decisão do Irã de enviar 1.200 quilos de urânio de baixo enriquecimento para fora do país geraria confiança e diminuiria as tensões regionais por meio da redução do estoque iraniano" de LEU (urânio levemente enriquecido na sigla em inglês), diz Obama, segundo trechos obtidos da carta.
Após o anúncio do acordo, no entanto, os Estados Unidos anunciaram que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Grã-Bretanha, França, China, Rússia) concordaram com um esboço de resolução contendo novas sanções à República Islâmica.
"Nós observamos o Irã dar sinais de flexibilidade ao senhor e outros, mas, formalmente, reiterar uma posição inaceitável pelos canais oficiais da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)", acrescentou o presidente dos EUA.
"O Irã continua a rejeitar a proposta da AIEA e insiste em reter seu urânio de baixo enriquecimento em seu próprio território até a entrega do combustível nuclear", afirmou Obama na carta.
Segundo a Declaração de Teerã, "a República Islâmica do Irã expressa estar pronta a depositar seu LEU dentro de um mês".
Obama manifestava, ainda na carta, preocupação com a possibilidade de o Irã acumular, no prazo de um ano, estoque necessário para construir "duas ou três armas nucleares".
"Para iniciar um processo diplomático construtivo, o Irã precisa transmitir à AIEA um compromisso construtivo de engajamento, através dos canais oficiais, algo que não foi feito até o momento. No meio tempo, insistiremos na aprovação de sanções."
A Declaração de Teerã deixa claro, ainda, que o acordo para a "troca de combustível nuclear é um ponto de partida para o começo da cooperação e um passo positivo e construtivo entre as nações".
Após o anúncio do acordo mediado por Brasil e Turquia na segunda-feira, autoridades iranianas afirmaram que o país manterá suas atividades de enriquecimento de urânio, ao que Estados Unidos e outras potências ocidentais se opõem.
Segundo a Declaração de Teerã, O Irã se compromete a notificar à AIEA, por escrito, por meio dos canais oficiais, sua concordância com os termos do acordo em até sete dias a contar da data do documento. Esse prazo se expira na próxima segunda-feira.
fonte: http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE64K0G220100521
Jogar famílias às ruas, desabrigadas por governos eleitos democraticamente...
Em que século estamos mesmo?
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