A batata do ex-secretário de saúde de José Roberto Arruda (DEMos/DF), Dep. Augusto Carvalho (PPS/DF), está assando.
A Controladoria Geral da União (CGU) constatou irregularidades na aplicação de recursos federais repassados para o governo do Distrito Federal na área de Saúde, conforme reportagem da Agência Brasil.
O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, pedirá uma investigação mais aprofundada à Polícia Federal.
R$ 320 milhões destinados à área da Saúde foram aplicados em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) do Banco de Brasília. A aplicação em si não é ilegal, mas o crescimento anual dos saldos configura desvio de finalidade nas verbas, na medida em que existem carências na área de Saúde no Distrito Federal, por um lado, e dinheiro em caixa não aplicado em outro.
“Como o saldo dessas contas vêm crescendo anualmente de forma vertiginosa e temos uma situação tão grave de Saúde no Distrito Federal”, questionou Jorge Hage.
Em 2006, o saldo da aplicação foi de R$ 57 milhões. Valor que em 2007 passou para R$ 116 milhões. No ano seguinte, o volume subiu para R$ 178,5 milhões e, no ano passado, o governo fechou o ano com R$ 320,6 milhões da Saúde aplicados no fundo.
A CGU reconheceu que essa forma de aplicação dificulta a investigação do destino dos recursos já que na virada do exercício, eles podem ser contabilizados junto com recursos de outras áreas.
As suspeitas apontam para um desvio de R$ 106 milhões nas áreas da Saúde, Educação e em obras.
O levantamento da CGU foi pedido pelo presidente Lula.
Na área da Saúde, a investigação da CGU também apontou irregularidades:
- Três empresas fornecedoras de medicamentos, Hospfar, Medcomerce e Milênio tem sócios com vínculos familiares;
- Essas empresas também se ligam na composição societária com a Linknet, empresa investigada no esquema de pagamento de propina investigado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal que resultou na prisão do governador José Roberto Arruda;
- os preços unitários praticados pelas empresas fornecedoras de medicamentos ultrapassaram o teto de todas as tabelas praticadas pelo governo federa;
- só com a compra de medicamentos superfaturados ou com sobrepreço, a CGU estima um desvio de R$ 11 milhões;
- há suspeita de fraude na licitação para tercerização de serviços de ambulância. Uma das empresas apresentadas pelo governo do DF como integrante da licitação declarou não ter participado do processo;
- há também irregularidades apontadas na contratação de UTI privada e hemodiálise.
-
2 Comentários:
O Ministério da Saúde vai destinar neste ano 20% a mais de recursos para prevenção a AIDS, hepatites e outras DST durante as comemorações do Orgulho LGBT em todo o Brasil. No total, o órgão vai disponibilizar R$ 1,2 milhão para as organizações da sociedade civil que tiverem seus projetos aprovados, lembrando que neste ano as iniciativas de prevenção e o diagnóstico das hepatites também serão contempladas. Para receber o recurso para seus projetos, as entidades devem fazer sua inscrição no edital do Ministério até o próximo dia 19, sendo que cada iniciativa recebe no máximo 25 mil reais. Será apenas um projeto por município. O resultado da seleção será divulgado até o dia 7 de maio. A íntegra do edital e modelos de formulários estão disponíveis no site www.aids.gov.br. Mais informações pelos telefones (61) 3306-7517 e 3306-7084.
Os estados de Minas, RS e S.Paulo também não estavam aplicando a grana da saúde no mercado financeiro ? vamos ver se sobrará para eles.
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração