O Globo critica Lula porque inaugura obra que já funciona, em vez de inaugurar maquete

O jornal "O Globo" resolveu agradar o chefão José Serra (PSDB/SP) de novo, e vira motivo de piada.

O presidente Lula inaugura uma obra que já funciona há 5 meses, e a única coisa que estava atrasada é justamente a cerimônia de inauguração.

E o jornal critica!

O que O Globo acha certo, então? Fazer como José Serra, e inaugurar apenas a maquete?

A resposta que cabe ao Globo é a mesma que o presidente já deu em Três Lagoas (MS) a uma jornalista, no mês passado, na inauguração da fábrica de celulose do grupo Votorantim, em uma entrevista coletiva:

Jornalista: Presidente, porque só depois de um ano que a fábrica de celulose está funcionando no estado o senhor resolveu inaugurá-la somente agora? É uma estratégia política?

Presidente: Meu amor, eu não vim inaugurá-la... Mas essa pergunta está ultrapassada. Deixa eu dizer uma coisa. Primeiro, a inauguração poderia ser feita em qualquer momento, ou seja, a inauguração é um ato formal que você pode inaugurar até dez anos depois de uma coisa funcionando. Você vai lá, a visita de um presidente, faz uma placa e está inaugurada a empresa.

Jornalista: ... e em relação a Dilma...(incompreensível).

Presidente: Só um minutinho. Você fez uma pergunta, deixa eu responder a pergunta, ..., você fez uma pergunta e não me deixou responder. E você não vai publicar só a pergunta, vai?...
Então, veja, eu queria vir a Três Lagoas para visitar essa fábrica há muito tempo. Não pude vir aqui na inauguração. Eu recebi, faz uns 20 dias, a direção, o Grupo Votorantim, que pediu para que eu viesse fazer uma visita à empresa. E eu, então, resolvi vir fazer a visita à empresa que eu não pude vir nem no lançamento da pedra fundamental e que eu não pude vir nem na inauguração.
E você ouviu da boca do dono da empresa, do Carlos Ermírio de Moraes, o que você ouviu? Que no auge da crise econômica, essa empresa só pôde ser construída porque, quando não tinha crédito em lugar nenhum do mundo, o BNDES financiou a construção da empresa. Portanto, o governo federal tem muito a ver com a construção dessa empresa. E, por isso, eu estou aqui.

Ampliação de refinaria no Paraná conclui primeira etapa

A conclusão da primeira etapa das obras de ampliação e modernização da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) será oficialmente anunciada neste dia 12, numa cerimônia que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.

A obra em fatos e números:

- É o maior investimento do sistema Petrobras em unidade de refino - US$ 5,4 bilhões;

- São 19 novas unidades que vão produzir coque de petróleo, gasolina, diesel, gás de cozinha, propeno e hexano, além de promover a melhoria da qualidade dos derivados produzidos;

- a modernização adequa às exigências futuras da legislação ambiental e atende o mercado internacional quanto a qualidade dos produtos;

- As obras concluídas são a Unidade de Produção de Propeno, um Centro Integrado de Controle e um Centro de Treinamento de Combate a Incêndio, além de unidades auxiliares.

- Do orçamento previsto já foram utilizados US$ 2 bilhões. O restante será aplicado até a conclusão das obras, no final de 2011”;

- a Repar está se adequando ao perfil do petróleo nacional disponível. Ele tem características diferentes do petróleo importado que era utilizado antes pela refinaria;

- a implantação de uma unidade de coque de petróleo, que permitirá que o petróleo nacional seja processado de forma otimizada. Importante para o que é considerado o carro chefe dos derivados no Paraná, o óleo diesel.

- No início de suas operações, em 1977, a refinaria possuía capacidade de processamento de 20 mil metros cúbicos de petróleo por dia.

- A capacidade hoje é de 32 mil metros cúbicos, que equivalem a cerca de 200 mil barris/dia.

- A Repar se tornou o maior canteiro de obras atualmente no Paraná. Mais de 15 mil profissionais estão trabalhando na modernização e espera-se chegar ao final do ano com aproximadamente 20 mil contratados.

- A Unidade de Produção de Propeno, um dos três projetos já concluído, com capacidade de produção de 180 mil toneladas /ano, é o primeiro polo petroquímico da Petrobrás no Sul do Brasil.

- O propeno é usado na produção do polipropileno, substância usada na indústria petroquímica para a produção de resinas aplicadas em peças de automóveis, utensílios plásticos, eletrônicos, remédios e produtos químicos. “Cada automóvel construído utiliza 60 quilos de propeno”, afirmou o diretor de Abastecimento da Repar.