Investimento das estatais cresceu 450% em 8 anos

Os investimentos das empresas estatais federais aumentaram quase 450% nos últimos oito anos. O valor cresceu quase 5,5 vezes.

As informações são do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), órgão que faz parte do Ministério do Planejamento.


No governo demo-tucano de FHC/Serra houve a opção pelo neoliberalismo, privatização, e as estatais remanescentes foram "colocadas na geladeira", sofrendo contenção nos investimentos.

Em 2001 foram executados no Orçamento de Investimentos R$ 13 bilhões.O sucateamento das estatais geradoras de energia elétrica, e falta de investimentos em linhas de transmissão levou ao apagão elétrico de 2001. Por falta de energia, o Brasil todo teve que apagar a luz por 8 meses. Além do desconforto para o cidadão, a indústria e o comércio parou de crescer e de gerar empregos, por falta de energia.

Em 2002, quando o governo demo-tucano foi obrigado a investir à força devido ao gargalo provocado pelo apagão de 2001, os investimentos subiram para R$ 19 bilhões. Mesmo assim, muito aquém dos R$ 71 bilhões que as estatais investiram em 2009, no governo Lula. Para 2010, o orçamento prevê investimentos na casa dos R$ 94 bilhões.

Nos primeiros anos do governo Lula,  o crescimento dos investimentos foram consistentes, mas com limitações, porque o Brasil ainda estava em processo de colocar a casa em ordem, após a última quebradeira do governo de FHC que deixou o Brasil devendo ao FMI. Nos últimos anos, de 2007 para cá, o crescimento dos investimentos foram acelerados.

Novas empresas

O Governo Lula, criou quatro empresas, que precisaram ser aprovadas pelo Congresso Nacional, atendendo a objetivos nacionais estratégicos e de benefícios sociais.

A primeira delas foi a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2004. Criada com a finalidade de prestar serviços na área de estudos e pesquisas para subsidiar o planejamento do setor energético, como energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados, carvão mineral, fontes energéticas renováveis e eficiência energética, dentre outras.

Em 2005, o governo criou a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). Com tecnologia de ponta, a Hemobrás pretende fazer com que o Brasil seja autossuficiente na produção de alguns elementos essenciais para o tratamento de doenças e casos médicos, reduzindo a dependência de medicamentos vindos do exterior.

Em 2007, foi criada a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a partir da incorporação da Radiobrás, com a intenção de suprir, na avaliação dos idealizadores da EBC, uma lacuna no sistema brasileiro de radiodifusão, mediante implantação e gerência de canais públicos.

A empresa mais recente, criada em 2008, foi o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), a primeira fábrica de chips da América Latina, inaugurada em fevereiro deste ano, em Porto Alegre (RS). Um de seus objetivos principais é o desenvolvimento da indústria eletrônica brasileira, por meio da implantação de uma base sólida no setor de semicondutores.

ONG demo-tucana pinçou números para favorecer FHC

Uma ONG demo-tucana, recentemente, publicou um estudo sob o título "FHC investiu R$ 22 bilhões a mais em obras que Lula, mostra estudo da Contas Abertas".

Lá no meio do texto, a própria ONG deixa escapar a artimanha que usou para encontrar números supostamente favoráveis à FHC:

"A ONG Contas Abertas coletou os números referentes até o dia 22 de dezembro no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Por isso, os dados não incluem os investimentos das estatais."

A ONG Contas Abertas é ligada aos demo-tucanos do PPS/DF, do Dep. Augusto Carvalho que, até estourar o mensalão do DEM, era secretário de saúde do governo José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF). O nome de Augusto Carvalho apareceu citado em vídeos como envolvido no recebimento de subornos no mensalão do DEM. Leia mais aqui e aqui.