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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tucanos pagam o menor piso entre salários mínimos regionais

São cinco os Estados que têm a política do piso. No Paraná, o valor é de R$ 605,52 para trabalhador rural e de R$ 610,12 para empregado doméstico, do comércio e de serviços -projeto de lei prevê reajuste de 9,5% a 21,5%. No Rio Grande do Sul, (governadora tucana Yeda) o valor é de R$ 511,29. Em  Santa Catarina, R$ 587. No Rio, a Assembleia Legislativa aprovou aumento para R$ 581,88.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), anunciou ontem que o novo piso salarial paulista será de R$ 560, valor que representa um crescimento menor que o registrado no ano passado. A medida passa a valer após aprovação do projeto de lei pela Assembleia.O piso do Serra  é R$ 50  a mais  que o mínimo nacional

Na folha do Serra:Reajuste modifica contribuição para Previdência

Caso o reajuste proposto pelo governo José Serra seja aprovado pela Assembleia Legislativa, os pisos no Estado, que variam de R$ 505 a R$ 545, oscilarão de R$ 560 a R$ 580. Com isso, serão alteradas as contribuições que empregadores e trabalhadores fazem à Previdência.

Esse é mais um esforço do governador José Serra para se aproximar dos eleitores de menor renda.

Segundo o IBGE, em 2008 (último dado disponível), cerca de 70% das pessoas ocupadas no Estado ganhavam mais de R$ 580 -mais que o maior piso proposto pelo governador tucano José Serra

O reajuste não altera o valor recebido pelos aposentados e pensionistas, pois seus salários são pagos pela Previdência, que segue o valor federal.

Não há previsão para que a Assembleia Legislativa vote o projeto. A expectativa de Serra é que seja ainda neste mês.

José Silvestre de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese, diz que a elevação do piso tem impacto considerável, mas destaca que, no Estado, a maioria dos trabalhadores está vinculada a negociações de acordos coletivos.

O consultor Mario Avelino, fundador do site Doméstica Legal, diz que, no caso das domésticas, enquadradas na primeira faixa do mínimo paulista, o aumento afeta bastante o empregador. "Quem geralmente emprega domésticas é a classe média, que recebe pouco acima da inflação nos seus acordos coletivos. Mas seria raro um empregador demitir por causa de um reajuste de 10%."

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