O ministro da Justiça, Tarso Genro (PT/RS), deixou o cargo hoje, para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul.
Em seu lugar, assumiu Luiz Paulo Barreto, secretário-executivo da pasta, que equivale ao segundo posto mais importante no ministério.
É o Primeiro funcionário de carreira (há mais de 25 anos no Ministério da Justiça) a ser alçado ao cargo de ministro desde a redemocratização.
Lula: não vou 'inventar' ministro em reforma pré-eleição
O presidente Lula afirmou que dará preferência para aos secretários-executivos da cada pasta, nos ministérios que em que o titular sair para se candidatar.
"Todo mundo sabe e já é público que eu estou fazendo uma opção (pelos secretários-executivos). Muitos ministros querem ser candidatos, e é legítimo querer ser candidato, e na medida do possível (vou optar pelos secretários-executivos). Não vou inventar um novo ministro. Trazer uma pessoa nova significa um novo chefe de gabinete, um novo secretário-executivo, uma nova secretária. Até ele montar a equipe já acabou o mandato", disse Lula, para quem as mudanças de ministros podem provocar desgastes nos partidos políticos da base aliada.
"Não quero criar nenhum embaraço para ninguém, nem para um partido pedir um novo cargo nem para constranger (alguém tendo de remanejar pessoas dentro do ministério)", disse. "Quem sabe um dia a gente não tente inventar tanto e use a estrutura (do próprio ministério) para assumir cargos importantes", disse.
Estabilidade da pasta
No ato da posse, o presidente Lula destacou a estabilidade institucional da pasta e o fortalecimento de entidades subordinadas, como a Polícia Federal.
Sem citar nomes, Lula afirmou que em gestões anteriores não se "conseguia executar uma política" no Ministério da Justiça pelo excesso de trocas de ministros. "Tivemos períodos em que tivemos nove ministros, oito ministros", disse. Nos oito anos do governo FHC houve nove ministros da Justiça diferentes.
"Temos uma situação bem mais evoluída do ponto de vista de estabilidade da própria instituição", disse Lula ao agradecer o papel de Tarso Genro no governo e de fazer votos de confiança à gestão de Barreto à frente do Ministério da Justiça.
Considerado uma espécie de coringa no governo Lula, Tarso Genro já ocupou desde 2003 os cargos de ministro coordenador do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), instância de consulta do presidente da República, de ministro da Educação, da Secretaria de Relações Institucionais e o de ministro da Justiça. Leia mais aqui e aqui.
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