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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Porque a Segurança Pública e a educação vão mal

O Ministério Público Estadual do Amapá protocolou ação de improbidade administrativa contra o secretário da educação do Estado, José Adauto Bittencourt, e outras 12 pessoas, acusadas de desviar mais de R$ 200 milhões em contratos de segurança privada em escolas públicas.

De acordo com a promotoria, o serviço não seria prestado por meio de concorrências públicas, como determina a lei, mas por contratos emergenciais de R$ 2,6 milhões mensais, valor que seria acima do mercado.

As fraudes, de acordo com a reportagem, envolveriam séries de irregularidades em processos de licitação, incluindo um esquema para favorecer a empresa Serpol, contratada de forma irregular.

Esse esquema teria acontecido mesmo depois da Polícia Federal cassar a licença da Serpol, com a contratação emergencial de uma outra empresa (Amapá VIP) que seria ligada à Serpol.

Um funcionário teria denunciado que Bittencourt receberia R$ 100 mil por mês de propina, para praticar tais irregularidades. O secretário não foi encontrado pela reportagem.

Além da corrupção, privatização da Segurança Pública

Mesmo que não houvesse corrupção, por que não aplicar essa verba no fortalecimento da Polícia Militar, e policiais de carreira fazerem o policiamento ostensivo das escolas?

E essa verba parece que ainda é computada como sendo gasto em educação, sobrando menos dinheiro para pagar melhor os professores.

O mesmo vale para todos os contratos de vigilância privada terceirizada de órgãos públicos em todo o Brasil.

Já está mais do que na hora dos Ministérios Públicos Federal e Estaduais exigir o fim da privatização da Segurança Pública, já que se depender apenas de governos, as pressões políticas não deixam, pois os contratos são feudos de muitos políticos. O deputado Edmar Moreira (do castelo do DEMos) fez fortuna com empresas do ramo no estado de São Paulo.

Com o fim destes contratos sobrará mais dinheiro para remunerar melhor os policiais, e melhorar a segurança pública de verdade.

Por isso que Dilma Rousseff está certa em dizer que precisa de recompor o papel do Estado em suas atividades fim, acabando com estas terceirizações politiqueiras e que arrombam os cofres públicos.

3 Comentários:

Sávio Notarangeli disse...

...porque a segurança pública e a educação "vão" mal

dá pra arrumar a concordãncia, please...

Anônimo disse...

Mas em São Paulo também houve privatização de segurança nas escolas públicas, além da Guarda Civil. Só tomou o cuidado de fazer licitação.
Ao invés de melhorar os serviços públicos, terceirizam-se garantindo o lucro da iniciativa privada que poderá até fazer uma doaçãozinha para a campanha, não é assim o modelo demotucano?

Anônimo disse...

Não há aqui no Rio órgão público que não tenha segurança terceirizada. Desde postos da Previdência, passando por hospitais de todas as alçadas até postos de saúde. E o pior é que, em sua maioria, os seguranças são arrogantes, grosseiros e mandam no pedaço porque os próprios funcionários públicos lhes atribuem funções de organização e mando para se livrarem do abacaxi.
É um desrespeito do poder público com a população que os elege e necessita desses serviços.

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