Gráfica Plural da Folha mudou segurança do Enem sem autorização do Inep, diz Haddad
Manuseio da prova foi realizado em local não autorizado pelo MEC, disse o ministro.
Enem foi adiado e nova prova ocorre nos dias 5 e 6 de dezembro.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, revelou nesta quarta-feira (14) que uma mudança no plano de segurança criado para a impressão da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode ter contribuído para o vazamento do teste no dia 1º de outubro.
Falando durante a reunião da Comissão de Educação da Câmara, Haddad explicou que a gráfica(da Folha de S.Paulo) responsável pela impressão do exame teria aberto um galpão para manuseio das provas impressas sem que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) tivesse autorizado. Seria nessa estrutura, sem a segurança devidamente checada e aprovada pelos técnicos do instituto, que a prova teria sido obtida pelos suspeitos. É a partir dessa investigação que o MEC espera identificar o responsável pelo vazamento e, por consequência, pelo prejuízo de R$ 36 milhões provocado pela anulação do Enem.
O ministro da Educação disse que é essa possível falha no plano de segurança ocorrida dentro da gráfica, em São Paulo, que está sendo apurada. “O Inep investiga qual foi a falha operacional que permitiu que pessoas recém contratadas pudessem ter subtraído a prova em um ambiente de segurança. Por alguma razão, sem que o Inep fosse informado, abriu-se na gráfica, em São Paulo, um outro espaço sem segurança para manuseio da prova. Ou seja, sem que o Inep fosse informado, o plano logístico foi modificado”, afirmou Haddad.
“Por que se criou um ambiente inseguro? Essa é a questão que precisa ser devidamente explicada pelo consórcio. Ele tem de esclarecer essa decisão que é o principal elemento para explicar o vazamento”
Haddad avalia que a principal questão em torno do vazamento da prova do Enem é o esclarecimento dos motivos que levaram a gráfica a abrir um espaço de manuseio do exame sem a devida segurança aprovada pelo Inep: “Na minha opinião, o auditor (responsável pela investigação do caso no Inep) deveria ter atenção bastante acentuada nessa questão. Um novo ambiente de manuseio foi aberto. Por que se criou um ambiente inseguro? Essa é a questão que precisa ser devidamente explicada pelo consórcio. Ele tem de esclarecer essa decisão que é o principal elemento para explicar o vazamento.”A Policia Federal está apurando a parte criminal e já indiciou cinco suspeitos. A Gráfica Plural, do jornal Folha de São Paulo e onde é impresso o jornal, ainda não se manifestou sobre a informação dada pelo ministro a respeito do uso de um galpão para manuseio das provas impressas sem autorização.
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração