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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

País registra em setembro recorde de novos empregos formais em 2009

O Brasil gerou 252,617 mil novos empregos formais em setembro, um número recorde este ano e o maior desde setembro de 2008 (282,841 mil), informou ontem o Ministério do Trabalho Carlos Lupi.

O saldo positivo em setembro foi resultado da diferença entre 1.491.580 contratações e 1.238.963 demissões de trabalhadores no arquivo de empregos formais do ministério.

Com o forte aumento do número de trabalhadores formais em setembro, o saldo acumulado de novos empregos este ano ascendeu a 932.651, resultado de 12.272.201 contratações e 11.339.550 despedidos.

Antes dos 252,617 mil novos empregos formais de setembro, o maior número de postos de trabalho gerados este ano era o de agosto (242,126 mil).

O aumento dos empregos pelo oitavo mês consecutivo em setembro finalmente permitiu ao Brasil superar os cerca de 800 mil postos de trabalho formais perdidos entre novembro do ano passado e janeiro de 2009, em consequência da crise econômica global.

A crise, que obrigou principalmente as indústrias brasileiras a reduzir a produção e a demitir funcionários, começou a se refletir nos níveis de emprego em outubro do ano passado, mas o país começou a gerar novos trabalhos a partir de fevereiro, disse Lupi.

O setor que mais contribuiu para a geração de emprego em setembro foi justamente o industrial, que abriu 123,318 mil novos postos de trabalho no mês.Até agosto, o setor que mais vinha gerando emprego no Brasil este ano era o de serviços.

Após o bom desempenho de setembro, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, elevou sua previsão para a geração de novos empregos formais este ano do 1 milhão que calculava até agosto para 1,1 milhão.Se essa meta for alcançada, o número será muito inferior ao de 2008 (1,45 milhão) e ao recorde de 2007 (1,61 milhão).

"O Brasil vem registrado no segundo semestre um comportamento muito forte, como já tínhamos previsto, principalmente por causa da reação do mercado interno", segundo Lupi.O forte crescimento da demanda doméstica foi justamente o que permitiu que o Brasil reagisse à crise econômica, superasse a recessão e iniciasse um processo de crescimento que pode levar ao país a fechar este ano com crescimento de até 1%, segundo as previsões do Governo.

Essa reação permitiu que a economia brasileira crescesse 1,9% no segundo trimestre do ano em comparação ao primeiro, e com isso o país conseguiu sair da recessão técnica na qual se encontrava após acumular dois trimestres consecutivos de crescimento negativo.

Os números do Ministério do Trabalho se referem exclusivamente aos empregos formais, por isso não podem ser considerados indicadores do desemprego, que este ano chegou a subir de 8,2% em janeiro para 9% em março, e que em agosto estava em 8,1%.

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