A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, promoveu uma audiência pública, nesta terça-feira, para ouvir tubarões da indústria petroleira internacional sobre o marco regulatório do pré-sal.
Foi o senador Francisco Dornelles (PP/RJ) o autor do requerimento. É da base governista, mas está oferecendo resistência ao novo marco regulatório, e essa convocação, desse jeito, interessava mais à oposição.
Foram convidados:
· Sr. JOÃO CARLOS DE LUCA – Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP;
· Sr. MURILO MARROQUIM – Presidente da Devon Energy do Brasil e membro do Comitê de Exploração e Produção do IBP;
· Sr. IVAN SIMÕES FILHO - Vice-Presidente da British Petroleum do Brasil e membro do Comitê de Exploração e Produção do IBP.
Se a audiência deveria servir para dar argumentos à oposição, para ficar contra o projeto do governo, o efeito foi contrário.
Obviamente que os executivos das empresas privadas estrangeiras estavam ali para defender aquilo que fosse melhor para o lucro e remunerar seus acionistas.
Então eles se declararam contra as mudanças e favoráveis a manter tudo como está. Mesmo assim, como não existe bobo nem no governo, nem na Petrobras, não descartaram que o modelo de partilha também é bom, e que a Petrosal é necessária caso opte pelo modelo de partilha.
Se o projeto do governo dá mais "lucro" ao povo brasileiro, e menos às empresas, significa que o projeto é bom para o Brasil e está no caminho certo.
É saudável o Senado ouvir a indústria privada, como parte do todo. Mas é absurdo e perda de tempo convocar uma audiência destas com 3 executivos que funcionam como lobistas da mesma causa, sem convocar outras pessoas para fazer o contraponto, estabelecendo um debate produtivo.
Mesmo com uma tropa de choque neoliberal dessas, de pensamento único, não conseguiram convencer.
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