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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Onde há mais corrupção? Na imprensa ou nos políticos?

Mais uma nota, onde há elementos para mostrar que a boa parte da imprensa é uma escola de corrupção, de onde veio mais de 100 parlamentares donos de rádios, jornais e TVs, e muitos apresentadores que adquiriram fama e entraram para a política corrupta, depois de conviverem com a corrupção nas redações, de jabaculês, caixa 2 (receber "por fora"), vender notícias ou silêncio, e outros malfeitos.

A Folha de José Serra (Folha de São Paulo) fez uma matéria, de manchete de capa, no domingo que funciona mais como uma propaganda para bancos particulares disfarçada de notícia.


A nota engana o leitor. Parece que as tarifas dos bancos públicos estão mais altas. Mas não é nada disso, se ler com MUITA atenção.

Na nota diz que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal aumentou sua RENDA com tarifas, não diz que aumentou AS tarifas.

É a velha conta de qualquer comerciante: vender muito com preço mais barato, ganhando menos em cada venda, garante uma renda final maior, porque vende muito mais.

Ou seja, os bancos estatais estão tendo mais renda com tarifas porque estão tendo mais clientes atraídos pelos juros mais baixos, enquanto os bancos privados estão minguando, porque estão perdendo clientes para os bancos estatais, logo perde também as tarifas cobradas dos clientes que encerram suas contas.

O Itaú perdeu 5% de receita com tarifas, segundo o jornal. Só pode ser porque perdeu clientes, já que as tarifas bancárias em geral não foram reduzidas neste período analisado.

A notícia da Folha passa uma idéia tão falsa, que até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi ouvido, e se assustou pensando que os bancos federais haviam aumentado as tarifas, enquanto a orientação do governo é conter, e até reduzir em alguns casos, como a CEF, que tem contas para correntistas de baixa renda sem nenhuma tarifa para serviços básicos.

O leitor da Folha, assim como o ministro Mantega, é enganado por esta notícia. É induzido a acreditar que as tarifas dos bancos públicos são maiores do que dos Bancos Privados.

Assim, a notícia funciona como uma propaganda enganosa, a serviço de conter a debandada de clientes que estão trocando bancos privados pelos bancos públicos, justamente por oferecerem juros menores e mais facilidade de crédito.

Se a enganação contida na notícia já é péssimo para a imagem do jornal, a coisa piora quando constatamos uma coincidência: quem patrocina a versão digital da Folha impressa (chamada "digital pages") é justamente um grande banco privado, objeto da reportagem, o Itaú.

Confira na figura acima no canto esquerdo da versão digital, e quando a página é carregada (na figura abaixo):

Para consultar a verdade sobre as tarifas, é melhor jogar a Folha no lixo e consultar no sites do próprios bancos, onde mostra os diversos pacotes, conforme o perfil de utilização de serviços pelo cliente.

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