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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

IPI menor evita 60 mil demissões no país

A redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre as vendas de veículos foi responsável pela manutenção de entre 50 mil e 60 mil empregos diretos e indiretos na economia e por 13,4% das vendas de automóveis no país no primeiro semestre, ou 191 mil unidades, segundo estudo divulgado terça-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O governo decidiu prorrogar no final de junho, por uma segunda vez, IPI zerado sobre veículos 1.0. A renovação do desconto vale até 30 de setembro. A partir daí, a alíquota zerada sobe para 1,5% em outubro, dobra em novembro, avança a 5% em dezembro, voltando aos originais 7% em janeiro de 2010.

A avaliação do Ipea é menor que a estimativa da associação de montadoras Anfavea no início de julho, de venda adicional de entre 250 mil a 300 mil veículos no país de janeiro a junho graças ao IPI reduzido.

Na arrecadação do setor público, que inclui União, Estados e municípios, a perda com o IPI foi, “em boa medida, compensada em outros tributos”, segundo o instituto.

A análise do Ipea, nesse caso, levou em conta que, sem o IPI reduzido, as vendas de carros e também a receita de outros impostos sobre a cadeia produtiva de veículos teriam sido menores.

“Uma medida mais adequada do custo da desoneração seria o volume total desonerado menos a contribuição positiva que o IPI reduzido teve sobre a arrecadação dos demais impostos", segundo o Ipea.

Considerando isso e com base em números da Receita Federal, o Ipea chegou a um custo líquido aos cofres públicos de R$ 559 milhões pela redução das alíquotas do IPI. Conforme o instituto, se for incluído o aumento de arrecadação de ICMS gerada nos Estados, ”há um equilíbrio na arrecadação”.

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