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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Serra abandona investimentos sociais para gastar com repressão


O governo paulista de José Serra (PSDB) cada vez mais assume características fascistas.

Operações de repressão como as que temos visto em favelas paulistas, mostram a ausência de políticas sociais, e escolha pelo caminho da repressão.

Ontem um clima de guerra civil instalou-se em Heliópolis. Uma moradora, adolescente de 17 anos, foi morta por bala perdida, no tiroteiro da guarda municipal de São Caetano do Sul, em perseguição a assaltantes.

A população de Hiliópolis se revoltou em protestos. Há suspeita de que o PCC tenha se aproveitado do protesto para ampliá-lo prometendo cestas básicas a quem participasse, segundo a própria Polícia Militar. A ação do PCC revela mais um fracasso na prevenção à criminalidade.

Recentemente vimos um enorme contingente policial do pelotão de choque, com apoio de helicópteros para fazer uma reintegração de posse de um terreno ocupado por 800 famílias de sem-tetos, no bairro de Capão Redondo.

Só o custo da operação policial seria suficiente para construir algumas casas para aquelas famílias desabrigadas.

O pior desta política de índole fascista, é a escalada da insensatez. O contingente policial empregado em repressão, desfalca o policiamento ostensivo necessário para proteger a população.

O desvio da função preventiva ao crime para repressão social, acaba favorecendo a criminalidade, levando à mortes como a da adolescente de Heliópolis, que provoca protestos, e realimenta a necessidade de deslocar tropas para reprimir, formando um ciclo vicioso.

Os policiais, trabalhadores da segurança pública, também são sacrificados ao serem expostos constantemente a confrontos que seriam desnecessários.

Os tucanos cumprem 16 anos de mandatos em São Paulo, e com um mínimo de planejamento social, muitas destas operações policiais não existiriam, porque se tornariam desnecessárias.

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