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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A vadiagem dos senadores da oposição vira conversa de comadres

Eu sei que vergonha é uma palavra que não existe no dicionário de muitos senadores da oposição, mas um Senador deveria ter vergonha de ser tão vadio.

Só isso explica uma comissão que deveria ser importante como a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) mobilizar senadores para vadiarem com assuntos, sem qualquer consequência prática no âmbito do Congresso, como ouvir a ex-secretária da Receita Federal fofocar.

Ela escolheu para si o papel de chatureira. Isso é problema dela, da imprensa que quer se alimentar de fofocas, e dos leitores / telespectadores que queiram consumir esse tipo de lixo mundo-cão da política. Mas senadores se prestarem a esse papel, é afundar mais a combalida imagem do Senado.

Ora, se Lina Vieira tivesse alguma denúncia para formalizar sobre algum ilícito, como funcionária pública, teria obrigação de fazer a quem de direito: o Ministério Público Federal. Ela não é nenhuma coitadinha, nem oprimida, que não saiba os caminhos legais. Tendo uma denúncia séria, formal, aí sim estaria certo Senadores prestarem atenção nela.

Se não formaliza é porque não tem nada para dizer que seja de real interesse, a não ser criar um factóide, do tipo é "a palavra de uma contra a de outra", sem fazer acusações que possam gerar processo ou perder o cargo público.

Ora, é óbvio que, em casos que depende apenas da palavra, quem acusa, tem que provar. Todo mundo sabe disso. Ninguém é idiota.

Fora isso, o espetáculo grotesco que os senadores de oposição fazem no senado será uma conversa de comadres.

Será grotesto ver Demóstenes Torres, Álvaro Dias, perguntando: mas a senhora está falando a verdade? Mas quem está mentindo? Qual é o modelito que Dilma estava vestindo? E Erenice estava com que roupa? A senhora conseguiu ler o rótulo da bolsa da ministra para confirmar a marca? A senhora confirma o que andou saindo na imprensa, que era uma bolsa de grife? O café foi com açúcar ou adoçante?

E Lina Vieira pode se referir à uma reunião qualquer, confirmada pela própria Dilma (que participou de várias reuniões, mas não do jeito que Lina Vieira contou).

O que uma comissão de Constituição e Justiça tirará de proveitoso disso? Nada, zero.

E no final será um disse, não disse, de comadres.

Seria como se os senadores do PT convocassem, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, o biógrafo de Luiz Gonzaga para atestar que José Serra nunca foi amigo do artista, como ele afirmou. Pura perda de tempo e de dinheiro público.

É vadiagem demais para um Senado que está precisando mostrar um pouco de serviço para a população.

Existe uma discussão de marco regulatório do pré-sal, que é do interesse de todo brasileiro, até da oposição. Existem discussões sobre reforma política e eleitoral, políticas de cotas, que precisam ser feitas na CCJ, os próprios limites do direito público e do privado que os senadores misturam, ao considerarem, de forma errada, que aquilo que não é expressamente proibido, podem meter a mão à vontade.

É por isso que a popularidade de Lula e Dilma ficou intocável, apesar dos ataques da imprensa, enquanto esse tipo de política de fofocas e vadiagem praticada pelos Senadores da oposição, fez a desaprovação do Senado (que já era alta, de 34%) subir 10%, ficando em 44%.

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