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terça-feira, 4 de agosto de 2009

O recado que resumiu a estratégia de Sarney

Renam Calheiros (PMDB/AL) e Wellington Salgado (PMDB/MG) foram enfáticos na defesa de Sarney.

Collor falou em nome do interesse político dele mesmo, a pretexto de defender Sarney.

Mas quem deu o recado de Sarney, de forma cristalina foi o Senador Epitácio Cafeteira. Sem meias palavras ele disse e repetiu: "a sorte está lançada".

Disse que o processo contra Sarney é POLÍTICO e Sarney vai enfrentar o processo POLITICAMENTE.

Se Sarney vai enfrentar, significa que Arthur Virgílio também vai, e outros poderão ir junto, conforme a radicalização.

Processo político vence quem arregimenta maioria. O PMDB é maior do que o PSDB no Senado e arregimenta mais gente. O limite do DEMos é pedir a renúncia de Sarney. Eles jamais votarão pela cassação, e Sarney vai enfrentar o processo, contando com o DEMos jogar para a platéia, mas sem lhe criar maiores problemas.

O mais provável é que Sarney use o processo no conselho de ética para melhorar um pouco sua imagem, apresentando sua defesa, já que piorar não tem jeito.

Enquanto isso, Arthur Virgílio terá mais exposição no PIG (semelhante à que teve Sarney até hoje, so que em menor intensidade, afinal é um demo-tucano querido do PIG), suficiente para piorar muito a imagem do tucano, principalmente se ficar comprovado que ele não pagou o empréstimo de Agaciel Maia, ou que vierem a descobrir algo mais constrangedor como ter embolsado os salários do assessor que estudava em Barcelona, como caixinha de campanha.

Ao longo do processo, ajustadas as contas do duelo Sarney X Vrigílio, empurra-se com a barriga para esfriar o assunto, e no fim das contas, o mais provável é que ambos sejam absolvidos, assim como foi Renan.

A bancada do PT perdeu protagonismo no Senado. Não é mais fiel da balança para o PMDB de Sarney, e não é mais útil ao PSDB. O mais provável é que todos virem-se contra a bancada petista, e precisa, urgente, encontrar um papel ativo para si. Deveriam prestar muita atenção nos passos de Collor.

PMDB e PT só estarão unidos de fato, nas votações de projetos do governo que sejam do interesse de ambos.

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