O Teletime News, publica que a proposta do governo de ter uma grande rede própria de telecomunicações, chefiada pela antiga Telebrás, continua a pleno vapor.
O projeto está pronto do ponto de vista técnico e que resta apenas decisões políticas:
"A decisão está nas mãos dos ministros que participam do projeto: ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), Paulo Bernando (Planejamento) e Hélio Costa (Comunicações)", conta a fonte.
O aval para a reativação, em princípio, é considerado certo pelos arquitetos do projeto. O motivo é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já teria "mandado" reativar a estatal há três anos, quando tiveram início as negociações para a construção do programa Banda Larga nas Escolas, que hoje conta com a parceria das concessionárias de telefonia fixa.
Sem Eletronet
O principal obstáculo técnico à realização do projeto já foi superado, segundo a fonte. O governo não planeja mais usar a Eletronet como ponto de partida para a composição da rede que será utilizada pela "nova Telebrás".
A rede da Eletronet está em discussão na Justiça, sem previsão de um desfecho.
A opção será usar as redes de telecomunicações das estatais Petrobras e Furnas como ponto de partida.
A infraestrutura de telecomunicações da Petrobras foi implantada junto aos óleodutos e gasodutos da estatal, e a de Furnas usa a rede paralela às linhas de transmissão da rede elétrica.
As duas empresas usam essas redes para suas próprias comunicações, mas há muita capacidade ociosa para transmissão que não está sendo aproveitada no momento.
O plano inicial é criar uma grande rede de comunicação governamental. Mas comenta-se nos bastidores que o governo vê no projeto grande potencial para turbinar a oferta de banda larga, reforçando os programas de inclusão digital.
Além do impacto no mercado de telecomunicações que a reativação da Telebrás trará, a Anatel também deverá ser atingida pelo plano governamental.
Para ressuscitar a estatal, será preciso mover 50 funcionários que hoje estão cedidos para a agência reguladora, sendo 15 deles engenheiros de telecomunicações.
Várias superintendentes da Anatel podem ser afetadas pelo projeto, já que nomes de peso na autarquia pertencem, na verdade, aos quadros da Telebrás.
Alguns exemplos são o superintendente de Serviços Privados, Jarbas Valente; e o gerente geral de Competição da Superintendência de Serviços Públicos, José Gonçalves Neto.
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