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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Manifestantes pedem abertura de CPI do governo Yeda

Yeda é amiga de José Serra
Manifestantes ligados a dez sindicatos de funcionários públicos passaram o dia diante da Assembleia Legislativa gaúcha pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a corrupçõ no governo de Yeda Crusius (PSDB). O grupo exibiu hoje, em Porto Alegre, faixas e cartazes contra a administração tucana no Estado e prometeu manter a mobilização até amanhã. O requerimento para a instalação da CPI foi elaborado pela bancada do PT e circula entre os deputados desde o dia 12 de maio, mas só conseguiu 16 das 19 assinaturas necessárias para ser aprovado. A 17ª, do deputado Paulo Azeredo (PDT), é tida como certa. A presidente do Sindicato dos Professores, Rejane de Oliveira, diz que a pressão dos trabalhadores pode convencer mais dois deputados a assinarem o pedido. Porém, os três parlamentares do PDT e um do DEM que rejeitaram a proposta, e a totalidade das bancadas do PP e do PMDB, de onde poderiam sair algumas dissidências, seguem irredutíveis na decisão de não apoiar a criação da CPI.


Numa espécie de contra-ataque a um dos adversários de Yeda, o deputado Coffy Rodrigues foi ao Ministério Público Federal (MPF) entregar uma representação contra o vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM). O parlamentar pediu investigação da consultoria prestada pela APF Participações, da qual o vice-governador é sócio, à Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) entre junho de 2007 e março de 2008, o que, para Rodrigues, seria vedado pela legislação. Feijó, que já havia dito em ocasiões anteriores que é acionista minoritário e não diretor estatutário da empresa, não comentou a iniciativa.

Pesquisa DataFolha

57% creem em corrupção na gestão Yeda

Administração de tucana é avaliada como ruim ou péssima por 51%, maior reprovação a um governador já registrada pelo Datafolha

Entre os que dizem que há corrupção, 55% acham que Yeda é muito responsável pelos casos, 88% defendem CPI e 70%, o impeachment

A 19 meses do final de seu mandato, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), não conseguiu desvincular a imagem de seu governo das denúncias de irregularidades que pipocam desde seu primeiro ano de mandato. Pesquisa Datafolha mostra que mais da metade dos gaúchos (57%) acredita na existência de casos de corrupção no governo.

Yeda amarga ainda a pior avaliação de sua administração -51% acham seu governo péssimo ou ruim. O índice de ótimo e bom ficou em 15%.

A pesquisa, realizada entre os dias 26 e 28 de maio, revela que, entre aqueles que acreditam haver casos de corrupção no governo, 70% defendem o impeachment de Yeda. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Em maio, a crise no Estado foi aprofundada por novas denúncias de caixa dois durante a campanha eleitoral tucana de 2006. Yeda classificou como "requentadas" as acusações publicadas pela revista "Veja".

"A pesquisa é sempre influenciada pelo noticiário mais recente, mas não deixa de ser a percepção que a população tem do governo", diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.

Em comparação com a última pesquisa Datafolha realizada no Estado, entre 16 e 19 de março, os números apontam que o índice ruim ou péssimo do governo tucano oscilou dois pontos, dentro da margem de erro, de 49% para 51%.

A nota média da administração de Yeda caiu de 4,3 em março para 4 em maio.

Também entre os 57% daqueles que afirmaram acreditar em corrupção no governo, 55% dizem que a tucana tem muita responsabilidade nos casos. Já 88% são favoráveis a abertura de uma CPI para apurar se a governadora está envolvida nos casos de corrupção.

Apesar de ter melhor avaliação entre pessoas com nível superior e com renda maior do que cinco a dez salários mínimos, Yeda não tem aprovação em nenhuma faixa. Ou seja, em todos os cortes pesquisados o índice de ruim e péssimo é maior que o de ótimo e bom.

Segundo Paulino, ela é a única governadora reprovada por mais da metade da população do respectivo Estado entre todos os governadores avaliados pelo Datafolha até hoje, considerando gestões atuais e passadas. Quem mais se aproximou dessa taxa, segundo ele, foi o então governador de Santa Catarina, Paulo Afonso (PMDB), com 48% de ruim e péssimo, em dezembro de 1998. Os atritos do governo tucano começaram mesmo antes da posse. Entre os principais inimigos de Yeda está o vice-governador, Paulo Feijó (DEM).

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