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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Bingo!


Por ampla maioria e com apoio da base do governo, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou ontem a legalização do bingo no país, cinco anos após o presidente Lula editar medida provisória proibindo a atividade - e que foi derrubada pelo Senado. Dos 31 parlamentares que votaram, apenas cinco se manifestaram contra e 26 foram favoráveis. Pelo texto, a casa de bingo poderá explorar a modalidade de cartela e também as máquinas caça-níquel, mas só dentro do estabelecimento. As casas de bingo terão de funcionar a uma distância de, pelo menos, 500 metros de igrejas e escolas. As fachadas terão de ser discretas, sem luzes em exagero ou neon muito colorido. O projeto ainda será votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O texto do relator, João Dado (PDT-SP), incluía até legalização de cassino, que foi retirada após reunião, anteontem, no Ministério da Fazenda. Desse encontro com o secretário-executivo da pasta, Nelson Machado, participaram o relator e o deputado Paulinho Pereira (PDT-SP), um dos principais defensores do jogo e que mobilizou ex-funcionários de bingos em passeatas em Brasília. A aprovação teve o aval do governo. O curioso do texto aprovado ontem é que o projeto original, de autoria de Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), previa o contrário, ou seja, a proibição do jogo. O lobby pró-bingo fez com que a proposta de Thame fosse integralmente modificada e proposições a favor fossem incorporadas ao substitutivo. Oficialmente, o tucano é o autor do projeto que ressuscita o bingo.

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