Pages

segunda-feira, 11 de maio de 2009

PT pede CPI para investigar denuncias contra Yeda


O PT começa amanhã a coletar assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul destinada a investigar a existência de caixa 2 na campanha da governadora Yeda Crusius (PSDB), em 2006. A requisição é resultado de uma reportagem com denúncias contra a governadora tucana publicada nesse fim de semana pela revista "Veja" a partir de gravações de conversas entre Lair Ferst, que trabalhou na arrecadação de doações para a candidatura tucana, e o ex-assessor de Yeda, Marcelo Cavalcante, encontrado morto em Brasília em fevereiro.

A existência dessas fitas atormentavam a governadora desde fevereiro, quando o PSOL fez denúncias semelhantes e afirmou que também teve acesso ao material. Segundo "Veja", os áudios são parte das dez horas de gravações que foram entregues ao Ministério Público Federal (MPF). Os procuradores investigam irregularidades no governo do PSDB desde junho do ano passado atendendo a uma representação do PT encaminhada no fim da CPI que tratou do desvio de R$ 40 milhões no Departamento de Trânsito (Detran) do Estado.

Conforme o deputado Elvino Bohn Gass, líder da bancada do PT na assembleia gaúcha, com a CPI os parlamentares pretendem ter acesso às dez horas de gravação e à uma carta de Ferst, que estão com o MPF, e também realizar uma auditoria sobre os pagamentos feitos pela agência de publicidade DCS. "Se as denúncias forem confirmadas, não há como a governadora permanecer no cargo", afirmou o deputado do PT..

Ele acredita que diante da gravidade do caso não haverá dificuldade para obter as 19 assinaturas necessárias para a instalação da CPI. O próprio PT tem dez deputados e Bohn Gass conta ainda, de imediato, com os dois parlamentares do PSB, um do PCdoB e pelo menos parte dos seis membros da bancada do PDT. O DEM, do vice-governador Paulo Afonso Feijó, outro que vem denunciando irregularidades no governo Yeda, também deve apoiar a CPI.

De acordo com a revista, as gravações revelam que depois do segundo turno da eleição em 2006 o então marido da governadora, Carlos Crusius, recebeu R$ 400 mil das fumageiras Alliance One e CTA Continental (metade de cada uma das empresas). O dinheiro foi usado na compra da casa onde vive hoje a governadora gaúcha. .

A reportagem diz ainda que a agência de publicidade gaúcha DCS, que renovou contrato de prestação de serviços para o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), pagou passagens aéreas e hospedagens para Cavalcante e bancou recepções feitas por Yeda em sua casa.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração